segunda-feira, 13 de abril de 2009

Canhoneiras, avisos coloniais...

O aviso "Gonçalves Zarco"

O termo canhoneira é antigo, mas neste contexto interessa sobretudo a partir de meados do século XIX, quando foi usado sobretudo para designar as embarcações de pequeno e médio porte, usadas pelas grandes potências no policiamento naval das suas colónias.
Nos anos oitenta do século XIX eram estas as canhoneiras habitualmente em serviço em Macau e que, quando necessário (*), acorriam a Timor: “Rio Tâmega”, “Tejo” e "Rio Lima".
Já no século XX, por altura da 1ª guerra mundial a função das canhoneiras começou a passar a ser desempenhada pelos navios-patrulha e pelos avisos coloniais. Estes foram substituídos já por volta da 2ª guerra mundial pelas corvetas e fragatas.As canhoneiras portuguesas eram navios mistos - a vela e a vapor, com deslocamentos médios de 200 t a 600 t, armadas com peças e metralhadoras, construídas inicialmente em madeira e, mais tarde, em ferro. Este tipo de navios era económico e relativamente fácil de construir, permitindo a existência de bastantes unidades que pudessem guarnecer todos os territórios ultramarinos. Representaram cerca de dois terços dos navios combatentes da marinha portuguesa entre 1880 e 1920.
A importância estratégica da localização de Macau terá de ficra para um outro post, mas fica aqui o prelúdio: o porto de Macau estava situado numa área mais importante no aspecto político e económico e onde os navios tinham um eficaz apoio logístico, principalmente desde fins do século XIX em Hong-Kong... tinha oficinas navais o que nãp acontecia, por exmepl, em Timor ou Goa, onde quando era preciso tinha se recorrer aos países vizinhos...

* Timor só foi elevado à categoria de província dependente directamente de Lisboa em 1906. Antes esteve subordinado a Goa, então sede do Governo Geral da Ásia, a partir de 1844 integrado na província de Macau, Timor e Solor, com capital em Macau e em 1896 considerado um distrito autónomo.

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