O almirante Campos Rodrigues é um dos primeiros engenheiros hidrógrafos portugueses e um astrónomo distinto. Logo no início da sua carreira, em 1857, e a pedido do célebre Mathew Maury, o tenente Campos Rodrigues no brigue “Mondego” e na viagem Lisboa-Macau que duraria 160 dias, faz um registo preciso e minucioso das observações meteorológicas, utilizando as cartas que aquele cientista publicara.
A precisão dos cálculos e registos mereceria do meteorologista americano a seguinte comunicação: “O diário náutico do brigue “Mondego” é uma peça preciosa que lhe dá grande crédito. Colocasteis Portugal na fileira mais avançada da nobre causa”.
É notável a sua acção na China, que lhe mereceu um expressivo louvor, na Ordem da Armada, “pelo bom serviço que prestou a bordo do brigue “Mondego” e procedimento que teve por ocasião de serem retomadas duas lorchas portuguesas e apreendido um barco pirata que montava 15 bocas de fogo de diferentes calibres e tinha a bordo bastante mantimento, munições de guerra e 50 indivíduos que foram aprisionados”. De pistola em punho, e praticamente só, percorreu os porões e alojamentos onde os piratas se acoitaram.
Teve igualmente acção relevante no naufrágio do seu navio, ainda o brigue “Mondego”, salvando muitas vidas com risco da própria.
Da plêiade dos distintos engenheiros-hidrógrafos do século passado distinguem-se ainda os vice-almirantes José Maria de Sousa Soares de Andrea Ferreira e Hugo Carvalho de Lacerda Castelo Branco e o capitão-de-mar-e-guerra António Artur Baldaque da Silva.
O almirante Hugo de Lacerda é o primeiro chefe da missão hidrográfica da costa de Portugal, criada em 1912 e apoiada no aviso “5 de Outubro”, o antigo iate real “Amélia”. No Ultramar, e na sua especialidade, teve uma acção de relevo chefiando trabalhos hidrográficos em Angola, Moçambique, Macau e S. Tomé.
A ele se deve o Observatório Astronómico “Campos Rodrigues”, de Lourenço Marques, onde foi também inspector de obras públicas, e a si se devem igualmente importantes obras no porto de Macau. Foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Governaram Macau, Magalhães Correia e Hugo de Lacerda.
Ivens Ferraz, o jovem tenente que António Enes considerava como filho, é outro oficial com uma carreira brilhante, tanto no Ultramar como nos navios. Em oficial superior comanda o cruzador “República”, nos acontecimentos de Xangai em 1927, acumulando com o comando das forças navais estacionadas no Extremo-Oriente. Pela sua acção é promovido, por distinção, a contra-almirante. Termina a sua carreira no posto de vice-almirante Chefe do Estado-Maior Naval. É autor de várias publicações de carácter técnico e de divulgação geral.
Outro oficial, o 1º tenente Artur Leonel Barbosa Carmona, tem notável acção em Macau, onde serviu doze anos, nos Serviços de Marinha.
Como director do Observatório Meteorológico, introduziu-lhe valiosos melhoramentos, o que permitiu uma intensiva cooperação com os de Manila e Xangai na previsão de tufões. Foi em 1930 a Timor, proceder à instalação de um posto rádio por si construído, que tornou possível efectuar comunicações daquela colónia com a metrópole, via Macau, as quais se faziam, antes por intermédio do Timor holandês. Regressado de Macau, comandou diversos navios, o último dos quais o “Afonso de Albuquerque”, em missões de soberania, durante a II Guerra Mundial.
A precisão dos cálculos e registos mereceria do meteorologista americano a seguinte comunicação: “O diário náutico do brigue “Mondego” é uma peça preciosa que lhe dá grande crédito. Colocasteis Portugal na fileira mais avançada da nobre causa”.
É notável a sua acção na China, que lhe mereceu um expressivo louvor, na Ordem da Armada, “pelo bom serviço que prestou a bordo do brigue “Mondego” e procedimento que teve por ocasião de serem retomadas duas lorchas portuguesas e apreendido um barco pirata que montava 15 bocas de fogo de diferentes calibres e tinha a bordo bastante mantimento, munições de guerra e 50 indivíduos que foram aprisionados”. De pistola em punho, e praticamente só, percorreu os porões e alojamentos onde os piratas se acoitaram.
Teve igualmente acção relevante no naufrágio do seu navio, ainda o brigue “Mondego”, salvando muitas vidas com risco da própria.
Da plêiade dos distintos engenheiros-hidrógrafos do século passado distinguem-se ainda os vice-almirantes José Maria de Sousa Soares de Andrea Ferreira e Hugo Carvalho de Lacerda Castelo Branco e o capitão-de-mar-e-guerra António Artur Baldaque da Silva.
O almirante Hugo de Lacerda é o primeiro chefe da missão hidrográfica da costa de Portugal, criada em 1912 e apoiada no aviso “5 de Outubro”, o antigo iate real “Amélia”. No Ultramar, e na sua especialidade, teve uma acção de relevo chefiando trabalhos hidrográficos em Angola, Moçambique, Macau e S. Tomé.
A ele se deve o Observatório Astronómico “Campos Rodrigues”, de Lourenço Marques, onde foi também inspector de obras públicas, e a si se devem igualmente importantes obras no porto de Macau. Foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Governaram Macau, Magalhães Correia e Hugo de Lacerda.
Ivens Ferraz, o jovem tenente que António Enes considerava como filho, é outro oficial com uma carreira brilhante, tanto no Ultramar como nos navios. Em oficial superior comanda o cruzador “República”, nos acontecimentos de Xangai em 1927, acumulando com o comando das forças navais estacionadas no Extremo-Oriente. Pela sua acção é promovido, por distinção, a contra-almirante. Termina a sua carreira no posto de vice-almirante Chefe do Estado-Maior Naval. É autor de várias publicações de carácter técnico e de divulgação geral.
Outro oficial, o 1º tenente Artur Leonel Barbosa Carmona, tem notável acção em Macau, onde serviu doze anos, nos Serviços de Marinha.
Como director do Observatório Meteorológico, introduziu-lhe valiosos melhoramentos, o que permitiu uma intensiva cooperação com os de Manila e Xangai na previsão de tufões. Foi em 1930 a Timor, proceder à instalação de um posto rádio por si construído, que tornou possível efectuar comunicações daquela colónia com a metrópole, via Macau, as quais se faziam, antes por intermédio do Timor holandês. Regressado de Macau, comandou diversos navios, o último dos quais o “Afonso de Albuquerque”, em missões de soberania, durante a II Guerra Mundial.
Sem comentários:
Enviar um comentário