"O nome de Macau deve ter sido, a princípio, apenas o do local onde se encontra o Pagode da Barra e onde, segundo a tradição, os nossos pioneiros desembarcaram pela primeira vez. Enquanto a povoação se estabelecia e aumentava, este nome persistiu na boca do povo, a despeito de todas as designações oficiais, portuguesas ou chinesas."
Graciete Nogueira Batalha in Revista de Cultura nº1, ICM, 1987
Macau é palavra composta possivelmente de “Má” ou “A-Má” (“A”, prefixo usado pelos chineses antes dos nomes de pessoas; “Má” = mãe), e “cau”. “Má” relaciona-se com a deusa protetora dos marítimos, venerada pelos chineses no velho templo “Má-Kók-Mil” (Pagode da Barra, para os portugueses), templo, provavelmente, anterior à chegada dos portugueses e que servia de abrigo temporário a pescadores.
O étimo “A-ma-ngao” ou “A-ma-ngau” é o mesmo proposto no século XVI e XVII pelo Padre Mateus Ricci, e por outros missionários e historiadores. Do cantonense “A-ma-ngao”, ou “A-ma-gau” para os portugueses, teríamos “Amagau > Amacau > Macau”. Não se trata, porém, de evolução natural, uma vez que as oclusivas sonoras não passam a surdas.
É mais provável que em lugar da designação de “Baía deA-Má” se empregasse “Embocadura de A-Má”, expressão em que se empregaria “Hau” (boca, embocadura). Daí teríamos “A-Ma-Hau”, com “h” aspirado pelos fuquienenses (da província de Fuquiem), passando a “A-Ma-K' au”, com “k” aspirado, explicando-se a forma “Amacau”.
Nos escritos do século XVI aparecem as variantes “Amaquam”, “Machoam” e “Amagão”.A forma “Amaquam” estaria documentada por Fernão Mendes Pinto, na carta de 20/11/1555. Seria o documento português mais antigo em que surge o nome de Macau. Na carta escrita de Macau pelo Padre Belchior Barreto, em 23/11/1555, estaria registrada “Machoam”. Há dúvidas, porém, quanto à estada de Fernão Mendes Pinto ou do Padre Belchior Barreto em Macau.
Austin Coates propõe a seguinte explicação para o nome Macau: “Má Kó”, a “Ancestral Avó”, padroeira dos pescadores, ouviu as preces destes, quando, apanhados por um tufão, foram desviados das suas zonas de pesca. Ofereceram preces a Má Kó e chegaram salvos ao porto de abrigo. Construíram, então, um relicário em honra de Má Kó, como prova de gratidão à deusa. Posteriormente surgiu um templo de dimensão maior, um dos pontos de referência em terra. Este local, em dialeto fuquienense, era designado por “Má Kó Cau” (enseada da Ancestral Avó), cuja abreviatura “Ma Cau” deu origem ao nome da futura cidade.
No dialeto cantonense ainda hoje se usa “Ou-Mun” (Porta da Baía) para designar Macau.
O étimo “A-ma-ngao” ou “A-ma-ngau” é o mesmo proposto no século XVI e XVII pelo Padre Mateus Ricci, e por outros missionários e historiadores. Do cantonense “A-ma-ngao”, ou “A-ma-gau” para os portugueses, teríamos “Amagau > Amacau > Macau”. Não se trata, porém, de evolução natural, uma vez que as oclusivas sonoras não passam a surdas.
É mais provável que em lugar da designação de “Baía deA-Má” se empregasse “Embocadura de A-Má”, expressão em que se empregaria “Hau” (boca, embocadura). Daí teríamos “A-Ma-Hau”, com “h” aspirado pelos fuquienenses (da província de Fuquiem), passando a “A-Ma-K' au”, com “k” aspirado, explicando-se a forma “Amacau”.
Nos escritos do século XVI aparecem as variantes “Amaquam”, “Machoam” e “Amagão”.A forma “Amaquam” estaria documentada por Fernão Mendes Pinto, na carta de 20/11/1555. Seria o documento português mais antigo em que surge o nome de Macau. Na carta escrita de Macau pelo Padre Belchior Barreto, em 23/11/1555, estaria registrada “Machoam”. Há dúvidas, porém, quanto à estada de Fernão Mendes Pinto ou do Padre Belchior Barreto em Macau.
Austin Coates propõe a seguinte explicação para o nome Macau: “Má Kó”, a “Ancestral Avó”, padroeira dos pescadores, ouviu as preces destes, quando, apanhados por um tufão, foram desviados das suas zonas de pesca. Ofereceram preces a Má Kó e chegaram salvos ao porto de abrigo. Construíram, então, um relicário em honra de Má Kó, como prova de gratidão à deusa. Posteriormente surgiu um templo de dimensão maior, um dos pontos de referência em terra. Este local, em dialeto fuquienense, era designado por “Má Kó Cau” (enseada da Ancestral Avó), cuja abreviatura “Ma Cau” deu origem ao nome da futura cidade.
No dialeto cantonense ainda hoje se usa “Ou-Mun” (Porta da Baía) para designar Macau.
(...)
O nome cristão dado à povoação foi “Porto do Nome de Deus”, mudado para “Cidade do Nome de Deus”, em 1586, quando o rei Felipe II da Espanha, I de Portugal, conferiu à povoação o estado de cidade. Mais tarde, foram-lhe conferidos os mesmos privilégios, liberdades, honras e prerrogativas da cidade portuguesa de Évora, a primeira a revoltar-se contra o domínio dos Felipes, em 1637. Como Macau nunca se subordinou ao domínio dos reis da Espanha, as suas armas passaram a ter o mesmo lema das de Évora: “Muynobre e sempre leal cidade”. D. João IV mandou gravar à entrada do Leal Senado o dístico: “Cidade do Nome de Deus, não há outra mais leal”. É com este nome que aparecem atas e outros documentos ao longo do século XVII, ocorrendo também as denominações: “Nobre Cidade do Nome de Deos de Macau” e “Nobre Cidade de Macao”.
O que está escrito no Leal Senado é: "cidade do nome de deus não há outra mais leal em nome d'el rei nosso senhor D. João IV mandou o capitão geral desta praça, João de Souza Pereira, pôr este letreiro, em fé de muita lealdade que conheceu nos cidadãos della em 1654"
O que está escrito no Leal Senado é: "cidade do nome de deus não há outra mais leal em nome d'el rei nosso senhor D. João IV mandou o capitão geral desta praça, João de Souza Pereira, pôr este letreiro, em fé de muita lealdade que conheceu nos cidadãos della em 1654"
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