Publicidade ao Vera Cruz em 1952, da autoria de Bernardo Marques
Ilustração da ementa muito provavelmente da autoria de António Quadros
antes da guerra... atraía-se o turismo
Timor
Quando andar de avião ainda era um luxo ao alcance poucos... os navios imperavam nos mares. Na segunda década do século XX Portugal 'ligava' o império com recurso à Companhia Colonial de Navegação, do Estado. Brasil, África e Ásia tinham rotas e navios próprios. A carreira do oriente, assim se chamava, tinha navios com nomes a condizer: Índia, Timor... faziam carreira regular para Goa, Macau e Dili... fazendo também transporte de tropas para a Guiné durante a guerra colonial. Também acontecia seguir-se primeiro para África num dos paquetes de serviço e daí apanhar um paquete estrangeiro, muitas vezes da África do Sul, rumo ao Japão passando pelos vários portos da Índia. A viagem, pelo canal do Suez durava cerca de 45 dias. Contornando o continente africano duplicava.
O paquete Índia (imagem acima) foi construído em 1950 em Sunderland, Inglaterra, pela Bartram & Sons, Ld. Tinha 9254 m3 de capacidade e um porte bruto de 7761 toneladas. O comprimento era superior a 130 metros. Possuia dois motores diesel de 4 cilindros cada. Com uma potência de 5750 cavalos atingia a velocidade máxima de 15 nós sendo a sua velocidade normal de 14,5 nós. Podia alojar 387 passageiros, 60 em primeira classe, 25 em terceira classe e 298 em terceira classe suplementar. A sua tripulação era composta por 120 elementos. Foi vendido para Singapura em 1973 ficando com o nome de Kim Hogh. 
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