Os Serviços de Obras Públicas no ultramar português foram criados a partir de 1869, mas antes alguma coisa foi sendo feita com vista a 'planear' o crescimento da cidade.
Um decreto de 31 de Dezembro de 1864, por exemplo, definiu a relação entre a largura das ruas e a altura dos prédios. Mas se formos até Julho de 1833 encontramos um relatório de uma comissão encarregada de estudar os "melhoramentos materiais da cidade". Nesse relatório pode ler-se em relação ao "abastecimento de água": "Macau nunca foi rica em água, principalmente água potável, visto que numeros poços que abastecem a população vão procurar uma veia quasi ao nível do mar formada por águas de infiltração sempre mais ou menos salobras, carregadas de materiais orgânicos, e portanto impróprias para beber". Na elevação onde se situa o Jardim da Flora existiam 3 fontes de boa água, embora de pequeno débito, onde as famílias mais abastadas mandam buscar o precioso líquido para suas casas. Havia ainda a Fonte do Lilau e a Fonte da Barra. Também a ribeira do Patane tinha sido um importante veio de água potável, em especial para fornecer os barcos que acostavam ao Porto Interior.
Perante este cenário a comissão sugfere que se limpem as fontes e que se procurem novas nascentes nas colinas. Há ainda a ideia de trazer água da vizinha ilha da Lapa embora "reconhecendo os inconvenientes que dimanariam de estar dependente o abastecimento de água da boa ou má vontade de uma potência estrangeira."
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