Jaime Silvério Marques foi Governador de Macau entre 18.9.1959 e 17.4.1962. Quando chegou a Macau o Ten-Cor. do C.E.M., Jaime Silvério Marques, Oficial Superior do Exército Português, durante o seu discurso da tomada de posse, no Leal Senado, disse: "Vim para Macau fazer justiça e cristandade e acima de tudo ser o Governador deste povo e disposto a ouvir todos".
Reza a história que uma das suas primeiras medidas no Território relacionou-se com os privilégios dos funcionários públicos.
Terá chamado ao seu gabinete o então chefe dos Serviços de Saúde, Dr. Paiva Martins, para lhe perguntar o que se passava com a questão da assistência médica aos funcionários, tendo este informado que todos tinham de pagar essa assistência consoante uma tabela. Em resposta o Governador disse "Determino já que se elabore um diploma a conceder a todos os funcionários e aposentados, sem excepção, assistência médica e hospitalar gratuita e, no caso de se esgotarem os recursos locais, os funcionários têm direito a serem tratados em Hong Kong".
No dia em que o diploma em causa foi publicado, milhares de funcionários e aposentados foram ao Palácio do Governo da Praia Grande para agradecer. O Governador terá respondido: "Não têm nada que agradecer, pois é um direito que o Governo de Estado Novo tem de respeitar". Há quem diga que ainda acrescentou... já a sorrir: "Para a outra vez, previnam-me que é para vos mandar servir o café – e muito obrigado!".
Conta-se ainda outra história a propósito de Silvério Marques.
No dia em que o diploma em causa foi publicado, milhares de funcionários e aposentados foram ao Palácio do Governo da Praia Grande para agradecer. O Governador terá respondido: "Não têm nada que agradecer, pois é um direito que o Governo de Estado Novo tem de respeitar". Há quem diga que ainda acrescentou... já a sorrir: "Para a outra vez, previnam-me que é para vos mandar servir o café – e muito obrigado!".
Conta-se ainda outra história a propósito de Silvério Marques.
Alguns dias antes dos festejos para o Ano Novo Chinês, o representante da comunidade chinesa, Sr. Ho Yin, acompanhado do intérprete oficial Sr. Joas Lopes foi perguntar ao governador se o governo irá mandar engalanar e iluminar as ruas e preparar a cidade para os festejos, ao que o Governador respondeu: "Eu preferia que o dinheiro a ser empregue para as festas fosse canalizado para dar comida e vestuário aos pobres e é essa a ordem que vou dar à Provedoria de Assistência Pública". E, numa pausa, chamou o Joas Lopes e disse: "Senhor Joas Lopes diga ao Senhor Stanley Ho que só irei abrir o jogo se ele conceder um bom donativo às casas de caridade. Para mim, os dias de festa são para serem dedicados aos que mais precisam de apoio material e moral".
O Governador Jaime Silvério Marques à sua chegada a Macau (18 Set. 1959) passando revista à guarda de honra. Empunhando a bandeira nacional, Fausto Branco, Comissário da PSP, tendo ao seu lado o sub-chefe Ferreira. Leonel Borralho, director do jornal Gazeta Macaense prepara a objectiva em frente à formatura.
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