António Maria da Conceição era um sportinguista de coração. Foi por duas vezes campeão nacional de estafetas 5 x 80 m (regras de outros tempos), em 1928 e 1930, tendo sido ainda jogador das reservas do Clube. Mais tarde, já regressado a Macau, tornou-se treinador da Selecção de Macau, sempre na condição de amador, visto a sua prioridade ser o curso de Filologia Românica. Acredita-se que a camisola do Liceu de Macau, preta e verde, à semelhança do primeiro equipamento do Sporting, se deveu à sua intervenção enquanto professor e reitor.
Foi também Presidente da Direcção do Sporting Clube de Macau, tendo-o representado em 1956 nas comemorações do cinquentenário do Sporting Clube de Portugal, realizadas no Estádio José Alvalade. António da Conceição foi também o responsável pelo ingresso no Sporting dos jogadores macaenses Augusto Rocha e Joaquim Pacheco.
Foi também Presidente da Direcção do Sporting Clube de Macau, tendo-o representado em 1956 nas comemorações do cinquentenário do Sporting Clube de Portugal, realizadas no Estádio José Alvalade. António da Conceição foi também o responsável pelo ingresso no Sporting dos jogadores macaenses Augusto Rocha e Joaquim Pacheco.
Joaquim Pedro Pacheco nasceu em Macau a 30 de Março de 1926. Começou a jogar futebol ainda estudante, no ano de 1940, e em 1942 passou a alinhar por um dos grupos da colónia, o Argonauta. Depois os efeitos da guerra fizeram-se sentir nas colónias, paralisando completamente os campeonatos. Pacheco quase parou com as actividades desportivas, limitando-se a jogar um futebol de 7 jogadores, chamado o futebol da bolinha. Em 1946 ingressou na Polícia e passou então a jogar pelo grupo Desportivo da Polícia da colónia de Macau. Pacheco chegou a Portugal pelas mãos de António da Conceição, antigo atleta do Sporting, com fama de goleador, mas foi como defesa que se impôs no Sporting entre 1950 e 1959. Estreou-se na equipa de reservas do Sporting no jogo contra o Benfica, para a disputa da "poule" final da Taça Vítor Hugo Tavares. Posteriormente, regressou a Macau onde durante muitos anos trabalhou no Hotel Lisboa, passeando o seu bigode à Zapatta. Pelo Sporting realizou 156 jogos e marcou 8 golos, tendo sido quatro vezes Campeão Nacional. Foi internacional uma vez.
Francisco Augusto Rocha nasceu em Macau a 7 de Fevereiro de 1935. Chamavam-lhe Lou Fu Chai, o Pequeno Tigre, porque tigre era a alcunha do seu pai. Partiu de Alcobaça à aventura, casando-se com uma chinesa de origem. Augusto cresceu e depressa se afamou como jogador de bolinha, um jogo de futebol de sete com uma bola mais pequena que a do andebol. O seu ídolo era, com naturalidade, Joaquim Pacheco, o polícia macaense que jogava a defesa no Sporting. Em Outubro de 1953, Augusto Rocha começou a alinhar pelo Sporting Clube de Macau e depressa a sua velocidade e o seu domínio de bola fizeram esquecer a sua pequena estatura. Alinhando pela selecção de Macau contra Hong-Kong, em Abril de 1954, foi o herói da tarde, apontando os três golos da vitória da selecção macaense, merecendo de todos os jornais da colónia inglesa rasgados elogios. O Benfica e o Desportivo de Lourenço Marques endereçaram-lhe convites, mas foi o Sporting, através de António da Conceição, amigo da família e antigo atleta leonino, que o seduziu. Já no Sporting, actuou como avançado na época de 1955/56, realizando 17 jogos e marcando 2 golos.
Mudou-se para a Académica em 1956, estreando-se em Luanda com Cândido de Oliveira como treinador. Quis o destino que no regresso a Portugal a Académica jogasse em Alvalade, acabando por vencer por 3 - 1, com Rocha a espalhar o perfume de um jogador habilidoso e irrequieto que o Sporting não soubera aproveitar. Em 1958, o Sporting dispôs-se a pagar 400 contos pelo seu regresso, mas ele, depois de firmado o acordo, pediu a anulação da transferência da Académica para Alvalade, dispondo-se a devolver os 400 contos acertados em contrato. Realizou 7 jogos pela Selecção Nacional Portuguesa, dois pelo seleccionado B, um pelas “Esperanças” e nove pelos militares. Ao serviço destes últimos, venceu o torneio internacional realizado em Lisboa, em Novembro de 1958, em cuja final os portugueses bateram a França por 2-1. Da Selecção principal despede-se a 21 de Abril de 1963, no histórico jogo em que Portugal ganha ao Brasil, campeão do Mundo, por 1-0.
Quando chegou a Portugal, Rocha mal falava português. Ao serviço da Académica completou o curso dos liceus, entrou para a Faculdade de Ciências e só não terminou a licenciatura por opção própria. Em 1968, abandonou o futebol e, em 1979, abriu um restaurante chinês no Monte Formoso, chamando-lhe Lung Wah, Dragão Chinês.
Quando chegou a Portugal, Rocha mal falava português. Ao serviço da Académica completou o curso dos liceus, entrou para a Faculdade de Ciências e só não terminou a licenciatura por opção própria. Em 1968, abandonou o futebol e, em 1979, abriu um restaurante chinês no Monte Formoso, chamando-lhe Lung Wah, Dragão Chinês.
Fotografia da Selecção de Macau, onde figuravam nomes como António da Conceição e Joaquim Pacheco. Fotografia de António Conceição Júnior
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