António de Albuquerque Coelho (1682-1745) ocupou vários cargos no chamado império colonial português, tendo sido Governador de Macau e de Timor.
Na sua vida efectuou uma viagem de Goa até Macau que durou exactamente um ano e que ficou para a história pois um dos seus subordinados, o Capitão João Tavares de Velez Guerreiro, escreveu um livro sobre essa viagem de 30 de Maio de 1717 a 29 de Maio de 1718.
O livro tem como título "Jornada, que Antonio de Albuquerque Coelho, Governador e Capitão General da Cidade do Nome de Deos de Macao na China, fez de Goa até chegar à dita cidade no anno de 1718: dividida em duas partes/escrita pelo Capitão João Tavares de Vellez Guerreiro".
As primeira edição foi feita em Macau logo em 1718 e seguiram-se mais duas edições:- Jornada que o senhor Antonio de Albuquerque Coelho governador e capitam geral da Cidade do Nome de Deos de Macao na China, fes de Goa athe chegar a ditta cidade, pelo capitam Joam Tavares de Velles Guerreyro. Macau s.n.,1718
As primeira edição foi feita em Macau logo em 1718 e seguiram-se mais duas edições:- Jornada que o senhor Antonio de Albuquerque Coelho governador e capitam geral da Cidade do Nome de Deos de Macao na China, fes de Goa athe chegar a ditta cidade, pelo capitam Joam Tavares de Velles Guerreyro. Macau s.n.,1718
- Jornada, que Antonio de Albuquerque Coelho, Governador e Capitão General da Cidade do Nome de Deos de Macao na China, fez de Goa até chegar à dita cidade no anno de 1718 : dividida em duas partes / escrita pelo Capitão João Tavares de Vellez Guerreiro... Lisboa Occidental na Officina da Musica, 1732.
- Jornada de Antonio de Albuquerque Coelho, por João Tavares de Vellez Guerreiro, com uma carta-prefácio de J. F. Marques Pereira, Lisboa, Escriptorio, 1905.
- Jornada de Antonio de Albuquerque Coelho, por João Tavares de Vellez Guerreiro, com uma carta-prefácio de J. F. Marques Pereira, Lisboa, Escriptorio, 1905.
Esta última tem a particularidade de incluir um prefácio de João Feliciano Marques Pereira (1863-1909), em homenagem a seu pai, António Feliciano Marques Pereira (1839-1881) que desempenhou funções administrativas e diplomáticas em Macau e noutras partes do Oriente.
A história do mandato de governador de Macau começa em Maio de 1717 quando o Arcebispo Primaz de Goa, D. Sebastião de Andrade Pessanha, substituto legal do Vice-Rei, Vasco Fernandes César de Menezes, que partira para o Reino, nomeou António de Albuquerque Coelho como Governador de Macau.
A história do mandato de governador de Macau começa em Maio de 1717 quando o Arcebispo Primaz de Goa, D. Sebastião de Andrade Pessanha, substituto legal do Vice-Rei, Vasco Fernandes César de Menezes, que partira para o Reino, nomeou António de Albuquerque Coelho como Governador de Macau.
Albuquerque deveria embarcar no único navio que estava para partir mas estava sob o comando do seu inimigo Francisco Xavier Doutel, que levantou se fez ao mar na noite de 22 de Maio sem o avisar. Albuquerque decidiu então partir a pé com a sua comitiva até à outra costa da Índia, onde tencionava apanhar outra embarcação. Na sua comitiva seguiam o capitão João Tavares de Velez Guerreiro, que mais tarde descreveu a viagem, o ajudante Inácio Lobo de Menezes, mais dois portugueses, João Nunes e Pascoal Ribeiro, cinco cafres cativos e dois clarins.
Chegaram a S. Tomé de Meliapor (ocupada pelos portugueses) a 16 de Julho ao fim de percorrerem 2600 km. Como não conseguiram encontrar um navio que os levasse, Albuquerque comprou um, iniciando a viagem a 5 de Agosto. Seguiram rumo a Malaca, ao fim de dois meses atingiram Johor (no sul da Malásia) onde ficaram durante o inverno e só prosseguiram viagem a 18 de Abril de 1718. Doentes, foram obrigados a desembarcar na ilha de São João (Shangchuan, a cerca de 300 km de Macau) onde os chineses os trataram e encaminharam depois até Macau onde chegaram a 29 de Maio de 1718.
Albuquerque tomaria posse do cargo no dia seguinte, 30 de Maio. Por essa altura, já estava em Goa um novo Vice-Rei, D. Luis de Menezes, 5.º conde da Ericeira e 1.º Marquês do Louriçal que lhe escreve uma carta com data de 6 de Maio confirmando-o no cargo onde ficou até 9 de Setembro de 1719. O Vice-Rei recebera indicação da Corte de Lisboa para um novo Governador, António da Silva Tello de Menezes. à espera da chegada do novo governador, Albuquerque ficou em Macau até 18 de Janeiro de 1720, data em que embarcou para Goa na fragata Nossa Senhora das Brotas.
Chegaram a S. Tomé de Meliapor (ocupada pelos portugueses) a 16 de Julho ao fim de percorrerem 2600 km. Como não conseguiram encontrar um navio que os levasse, Albuquerque comprou um, iniciando a viagem a 5 de Agosto. Seguiram rumo a Malaca, ao fim de dois meses atingiram Johor (no sul da Malásia) onde ficaram durante o inverno e só prosseguiram viagem a 18 de Abril de 1718. Doentes, foram obrigados a desembarcar na ilha de São João (Shangchuan, a cerca de 300 km de Macau) onde os chineses os trataram e encaminharam depois até Macau onde chegaram a 29 de Maio de 1718.
Albuquerque tomaria posse do cargo no dia seguinte, 30 de Maio. Por essa altura, já estava em Goa um novo Vice-Rei, D. Luis de Menezes, 5.º conde da Ericeira e 1.º Marquês do Louriçal que lhe escreve uma carta com data de 6 de Maio confirmando-o no cargo onde ficou até 9 de Setembro de 1719. O Vice-Rei recebera indicação da Corte de Lisboa para um novo Governador, António da Silva Tello de Menezes. à espera da chegada do novo governador, Albuquerque ficou em Macau até 18 de Janeiro de 1720, data em que embarcou para Goa na fragata Nossa Senhora das Brotas.
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