Na edição de Macaenses de 13 de Outubro de 1920 podia ler-se “Desgraçada terra esta onde raras são as boas iniciativas que não baqueiam” a propósito do encerramento do Novo Teatro de Macau.
Dois anos depois abria ao público o Animatógrafo Macau, pelas mãos dum empresário da terra, Filipe Hung.
De acordo com um anúncio da época - imagem ao lado - era “o mais confortável salão cinematografico“.
Ficava na Rua do Hospital (corresponde à actual Rua Pedro Nolasco da Silva).
Os bilhetes da 1.ª classe custavam 20 avos (1.ª sessão) e 30 avos (2.ª sessão). A 2.ª classe custava 10 avos (1.ª sessão e 2.ª sessão ). Para os “Praças sem graduação e crianças“ custavam 20 avos "só para a 2.ª sessão".
Desde o surgimento e massificação do cinema a população local tornou-se uma das mais entusiastas do mundo e existiram inúmeras salas ao longo do século XX.
Segundo Henrique de Senna Fernandes (HSF) “O mais remoto cinematógrafo de que temos notícia foi o «Chip Seng», situado na Rua da Caldeira (…). Outro cinematógrafo, também situado no dédalo do Bazar, era o «Tin Lin», no Largo do Hong Kong Mio que, em 4 de Fevereiro de 1909, como reporta «A Verdade» da mesma data, exibia, além de filmes, trabalhos de prestidigitação (…).
O Teatro D. Pedro V também chegou a funcionar como sala de cinema na década de 1910, e havia ainda o Cinematógrafo Vitória (inaugurado em Janeiro de 1910 imagem abaixo) de que HSF se recorda assim: "Foi nele que se desbobinaram os melhores filmes mudos, não havendo outro cinematógrafo que se lhe equiparasse."
Segundo Henrique de Senna Fernandes (HSF) “O mais remoto cinematógrafo de que temos notícia foi o «Chip Seng», situado na Rua da Caldeira (…). Outro cinematógrafo, também situado no dédalo do Bazar, era o «Tin Lin», no Largo do Hong Kong Mio que, em 4 de Fevereiro de 1909, como reporta «A Verdade» da mesma data, exibia, além de filmes, trabalhos de prestidigitação (…).
O Teatro D. Pedro V também chegou a funcionar como sala de cinema na década de 1910, e havia ainda o Cinematógrafo Vitória (inaugurado em Janeiro de 1910 imagem abaixo) de que HSF se recorda assim: "Foi nele que se desbobinaram os melhores filmes mudos, não havendo outro cinematógrafo que se lhe equiparasse."
Na década de 1920 o cinema não era totalmente uma novidade mas era mais mudo que sonoro e, para além de Charles Chaplin, destacava-se o actor, realizador e produtor norte-americano, Douglas Fairbanks: “O êxito de Fairbanks era tão grande entre a rapaziada de Macau que, nos dias que se seguiam à estreia das suas películas, desapareciam dos jardins, hortas e quintais, pela cidade e fora de portas, todas as estacas de bambu, convertidas em espadas para a petizada se esgrimir em grupos rivais, com grande perigo para os olhos e desespero de jardineiros e horticultores que então abundavam nesta Terra do Nome de Deus”, palavras de HSF num livro sobre a história do cinema em Macau.
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