Nome controverso na história de Macau, Ferreira do Amaral foi governador entre 1846 e 1849, ano em que seria assassinado. A estátua que evocava a sua memória no território por ali esteve entre 1940 e o início da década de 1990, altura em que foi levada para Portugal, no bairro da Encarnação, Lisboa (foto abaixo).
Ferreira do Amaral seria o único a ser morto no exercício do cargo e à época teve um desempenho exemplar na perspectiva do mandato político com que chegou investido pelo governo português: afirmou a soberania nacional acabando com as alfândegas chinesas, instaladas desde 1688, e recusando de pagar o foro do chão, um tributo que datava de 1573. Será ainda sob o seu governo que as ilhas da Taipa e Coloane passam a ser ocupadas.
Odiado pelos chineses como exemplo do pior colonialismo e mais ou menos ignorado pelos portugueses, a verdade é que a história não se apaga... Do seu tempo resta ainda em Macau o nome na toponímia local e uma pedra gravada que assinala o provável local da sua morte, na zona do bairro Iao Hon, perto do templo de Lin Fong (imagem abaixo tirada na década de 1970).
Um facto que passa muitas vezes despercebido é que foi Ferreira do Amaral a dar os primeiros passos para a legalização do jogo em Macau. O primeiro regulamento (incluindo a taxação) sobre a lotaria Pacapio é de 1846/47 e o do Fantan surge em 1849.
Um facto que passa muitas vezes despercebido é que foi Ferreira do Amaral a dar os primeiros passos para a legalização do jogo em Macau. O primeiro regulamento (incluindo a taxação) sobre a lotaria Pacapio é de 1846/47 e o do Fantan surge em 1849.
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