Num telegrama de 25 de Agosto de 1935 o governador de Macau dirige-se assim ao ministro das Colónias.
"Minha comissão termina dia 21 Junho próximo; minha ida Lisboa tão perto fim comissão será definitiva porque não convém nem ao Estado nem a mim o meu regresso a Macau para uma estada de 4 ou 5 meses. Fatigado e desgostoso com trabalhos governação nada me prende hoje a esta Colónia senão dever bem servir o meu cargo e por isso regresso com prazer a Portugal (…)"
António José Bernardes de Miranda foi governador de 21 Junho de 1932 a Outubro de 1935. Neste mês, a bordo do "Baloeran” escreve um relatório de 68 páginas sobre o seu mandato que envia a Salazar.
O documento merece leitura atenta. Fica a saber-se, por exemplo, que com a despesa dos serviços militares o governo gastava quase 1/3 da receita total da colónia… Nos anos seguintes houve uma diminuição do contingente e quando eclodiu a segunda guerra sino-japonesa e depois a guerra do Pacífico era diminuta a presença militar portuguesa em Macau.
O mandato de Bernardes de Miranda ficaria marcado pela questão do (fim) comércio do ópio a nível internacional, nomeadamente na esfera da Sociedade (Liga) das Nações. Para o seu lugar irá em Abril de 1937 (o território ficou quase dois anos a ser gerido pelo encarregado do governo) Artur Tamagnini de Sousa Barbosa. Seria o seu 3ª e último mandato. Morre em Macau em Julho de 1940.
O mandato de Bernardes de Miranda ficaria marcado pela questão do (fim) comércio do ópio a nível internacional, nomeadamente na esfera da Sociedade (Liga) das Nações. Para o seu lugar irá em Abril de 1937 (o território ficou quase dois anos a ser gerido pelo encarregado do governo) Artur Tamagnini de Sousa Barbosa. Seria o seu 3ª e último mandato. Morre em Macau em Julho de 1940.
Bernardes de Miranda viria a ser chefe de gabinete do presidente Óscar Carmona.
Sem comentários:
Enviar um comentário