Linhas de orientação aos Serviços competentes, no que respeita aos diversos ensinos do Ultramar.
Na sequência do 25 de Abril, Dr. Vitorino Magalhães Godinho, novo ministro para a Educação e Cultura (que serviu de 18 de Julho de 1974 até 30 de Novembro do mesmo ano) emitiu linhas de orientação para os serviços de educação nos territórios do ultramar.
“A queda do regime fascista e o processo de democratização que se iniciou em Portugal em 25 de Abril tornaram inutilizáveis, na sua maior parte, os programas dos ensinos básico e secundário,” escreveu.
“Na verdade esses programas visaram, no seu conjunto a conformação com a ideologia do regime deposto, sofriam de graves distorções impostas por motivos políticos e estavam eivados de um espírito anacrónico, em oposição flagrante muitas vezes com a atitude científica e a abertura da criação cultural ao mundo moderno.” Já que os programas não poderiam ser mantidos num contexto pós-revolucionário, o ministro reiterou que o ensino deveria ser encarado como uma ferramenta na transformação nacional, para formar “cidadãos conscientes e responsáveis e trabalhadores competentes”. As alterações ao currículo vigorariam, a título experimental, durante o ano lectivo 1974-1975, após o qual haveria uma reforma do sistema de ensino nacional. Estas mudanças seriam introduzidas nas escolas oficiais de Macau, ainda sob administração portuguesa, assim influenciando a experiência escolar de muitos jovens nesta zona do mundo.
Texto e imagem do Arquivo Histórico de Macau
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