
Camilo Pessanha era amigo de Moraes Palha (médico). Neste prefácio denota o seu profundo conhecimento de Macau e da China.
Celina Veiga de Oliveira escreveu em "Camilo Pessanha e o sistema judiciário da sua época" (Revista Administração n.º 92, vol. XXIV, 2011-2.º):
Celina Veiga de Oliveira escreveu em "Camilo Pessanha e o sistema judiciário da sua época" (Revista Administração n.º 92, vol. XXIV, 2011-2.º):
"Pessanha chegou a Macau a 10 de Abril de 1894. No ano anterior tinha sido aberto no Diário do Governo concurso documental para professores do Liceu de Macau. Com as cartas de bacharel e de formatura obtidas na prestigiada Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, concorreu e foi nomeado professor da 8.ª cadeira, Filosofia.
Em Macau, entre 1894 e 1926, data da sua morte, Camilo Pessanha, conhecido preferencialmente pela poesia simbolista de que foi um dos maiores cultores, leccionou também outras disciplinas, como Direito Comercial, História da China, Português, História e Economia Política.
Era uma personalidade de vasta cultura geral e jurídica, reconhecida até por adversários, e de enorme curiosidade, pelo que o universo civilizacional da China aparecia aos seus olhos como um ilimitado campo de estudo e de observação. Para melhor o entender, estudou a língua e a cultura e pôde beneficiar do conhecimento pluridimensional da China, próprio da tradição portuguesa, hoje conhecida apenas em círculos académicos."
Em Macau, entre 1894 e 1926, data da sua morte, Camilo Pessanha, conhecido preferencialmente pela poesia simbolista de que foi um dos maiores cultores, leccionou também outras disciplinas, como Direito Comercial, História da China, Português, História e Economia Política.
Era uma personalidade de vasta cultura geral e jurídica, reconhecida até por adversários, e de enorme curiosidade, pelo que o universo civilizacional da China aparecia aos seus olhos como um ilimitado campo de estudo e de observação. Para melhor o entender, estudou a língua e a cultura e pôde beneficiar do conhecimento pluridimensional da China, próprio da tradição portuguesa, hoje conhecida apenas em círculos académicos."

"Adoptado pela dinastia manchu recentemente deposta, da qual lhe vem o nome de Tai-Cheng-Lóc-Lai, às necessidades da sua dominação, é, todavia, com as ligeiras modificações introduzidas para esse fim, a reprodução de antiquíssimos preceitos, dos quais não só a origem mas até a tradição dos primeiros trabalhos de codificação se perdem na noite dos tempos. Como interpretação, sob o ponto de vista jurídico, das acções humanas, é pelo rigor de observação que demonstra e pelo alto espírito de justiça e de bondade que o inspira, um dos mais assombrosos monumentos de sabedoria legados pelos séculos."
Sugestão de leitura: “Camilo Pessanha - Prosador e Tradutor”, organização, prefácio e notas de Daniel Pires, Macau: IPOR/ICM, 1992
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