Em chinês o cemitério denomina-se “Bai Tou Fen Shang” (白头坟場), ou “Pak Tou”, que significa “cemitério da cabeça branca”, devido aos turbantes brancos que os Parses usavam. Pela mesma razão a religião dos Parses é também designada por Religião Branca
O cemitério abriga 14 túmulos, tendo sido o 1º erigido em 1829 para o Parse Cursetjee Framjee. O local é disposto em 3 “níveis”, estando os túmulos nos dois níveis superiores: 4 ao 1º nível e os restantes no 2º nível.
Em 1822 foi adquirido um terreno para construir um cemitério para os parses de Bombaim (Índia) que se estabeleceram em Macau. Viria a ser inaugurado em 1829 como se pode verificar na inscrição à entrada "Parsee Cemetery". Devido às ligações com os portugueses, a religião Parse chega a Macau, então terra de mercadores, durante os anos 70 do séc. XVIII. A partir do séc. XIX começaram, gradualmente, a mudar-se para Hong Kong.
Numa carta de uma americana enviada de Macau em 4 de Novembro de 1843 pode ler-se. "De toda essa gente, os que admiro mais são os Parses. Há cá muitíssimos e alguns muito ricos. O seu trajo é muito estranho, mas gracioso e muitos deles são belos e de aparência atlética. São de Bombaim e vivem aqui sem as suas famílias, pois que é contrário à sua religião trazer as esposas do seu país."
Entrada para o cemitério na denominada Estrada dos Parses, perto do Pavilhão Chok Kong, antes do início da Estrada Engenheiro Trigo.
Nesta imagem de ca. 1890 é visível a entrada para ao cemitério dos Parses.
No topo da colina da guia, a ermida e o farol.
Numa notícia de Dezembro de 2013 o jornal Hoje Macau destacava o facto do local, propriedade privada, apesar de ser considerado um "sítio classificado", estar ao abandono.
Entre as duas fotos salienta-se o quanto a cota da estrada foi aumentando 'tapando' parte do portão.
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