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Postal do início do século XX: "palacete da quinta da gruta de Camões e depósito de material de guerra" |
A Casa Garden é um dos mais notáveis exemplares do património arquitectónico macaense de raiz europeia. A sua edificação remonta à segunda metade do século XVIII (1770), tendo sido inicialmente propriedade de uma família da aristocracia portuguesa (Manuel Pereira). Alugado mais tarde à britânica Companhia das Índias Orientais, foi sucessivamente local de apoio à estada em Macau de embaixadas à Corte Imperial e sede de diversos organismos da Administração de Macau. A partir de 1969 e até quase ao final da década de 1980 albergou o Museu Camões. No final do séc. XX tornou-se a sede da delegação em Macau da Fundação Oriente. Inicialmente tinha 2 pisos mais cave.
Governador Melo Egídio na inauguração do Museu em 1980 e interior do museu.

Nas imediações fica o cemitério protestante. Data de 1815, ano em que foi cedido/vendido uma parte da propriedade aos ingleses para o construírem (os protestantes não podiam ser enterrados em cemitérios católicos). Passou depois para as mãos do genro de M. Pereira (Lourenço Marques) ca. de 1833 quando a companhia das índias orientais foi extinta. Foi L. Marques que depois a vendeu ao governo de Macau ca. 1885 por 30 ou 35 mil patacas
A primeira vontade do governo em adquirir o espaço data de 1880 e por iniciativa do cap. do Porto de Macau, João Scarnichia. Os franceses também estavam interessados, mas a autorização do governo de Lisboa chegaria em 1885.
As romarias do 10 de Junho à gruta começaram em 1923. Entre 1969 e 1989 a Casa Garden funcionou como museu. Nesse ano foi vendida (escritura de 15 de Maio) à Fund. Oriente por 15 milhões patacas. Uma das últimas requalificações do jardim é de 1991 e da autoria do arquitecto paisagista Rodrigo Dias. Deverá ter sido por essa altura que foi colocada aquela calçada à portuguesa bem como a escultura (à entrada)
Em suma, a Casa Garden foi: residência de Verão, sede da Companhia das Índias Orientais; armazém de material de guerra e das obras públicas, repartição das Obras dos Portos, Museu Camões e sede/sucursal da Fundação Oriente.
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