Bandeira com fundo azul (tal como no caso de outras antigas colónias) contendo ao centro o brasão da colónia/província respectiva enquadrado numa esfera armilar. O de Macau consistia num escudo dividido em três partes. A esquerda com o escudo português para representar a pátria-mãe, em baixo as ondas brancas e verdes representam o oceano; e à direita um dragão amarelo com escudo sobre o fundo azul escuro. Tem em redor uma faixa branca com a inscrição a preto de "Governo de Macau". Note-se a presença da esfera armilar.
Na bandeira do governador encontramos muita da simobologia típica dos estandartes portugueses: esfera armilar, Cruz da Ordem de Cristo, Brasão nacional. Esta era tb a bandeira do gov. de Cabo-Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe e Timor. A de Angola, Índia e Moçambique só tinha como diferença o facto das listas verdes serem na horizontal.
Dez. 1999 - Gov. Rocha Vieira A bandeira foi guardada na casa particular do oficial que era seu ajudante-de-campo. |
Colocando de lado as polémicas sobre quem tem ou deve ter a última bandeira portuguesa hasteada em Macau, serve este post para tentar explicar cada uma delas. Como o estatuto de colónia ou de província, em Macau, foi sempre a bandeira portuguesa que prevaleceu. No entanto, coexistiam outras duas: a do "governo" e a do "governador". Esta última - de fundo branco e duas listas verdes - era hasteada nos locais onde o governador estava: por exemplo, no Palácio (como na imagem) ou em eventos oficiais, incluindo de carácter militar
A segunda bandeira de Portugal (presente nas cerimónias oficiais) foi entregue a uma instituição portuguesa - o CCCM - em Maio de 2000 pelo capitão-de-fragata Vítor Birne. Este oficial da Armada foi o último comandante da Polícia Marítima e Fiscal de Macau e ficou encarregue, pela parte portuguesa, da componente militar da cerimónia de transferência da administração de Macau para a China. Daí o facto de a última bandeira portuguesa hasteada em Macau ter ficado à sua responsabilidade.
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