Em cima uma fotografia da baía da Praia Grande no final do século 19 que muito provavelmente terá inspirado o quadro na imagem abaixo. Entre alguns elementos que permitem datar os registos estão o Grémio/Clube Militar (1870), o Hospital Militar S. Januário (1874) e o Farol da Guia (1865). Dos dois registos não consegui encontrar até agora referências sobre o autor.
Fica aqui o convite para o regresso a Macau no final do século 19 segundo o testemunho do Conde de Arnoso que chegou ao território a 23 de Junho de 1897: "Embarcados na canhoneira Rio Lima, levantámos ferro do porto de Hong-Kong, pelas oito horas da manhã do dia 23 de Junho, em direcção a Macau. Navegando contra vento e corrente, cinco horas levámos a percorrer as quarenta milhas que separam as duas cidades. Pela uma hora da tarde entrávamos na rada em frente da Praia Grande. Com respeito e orgulho olhámos para essas águas, que foram sepultura dum antepassado nosso, Jorge Pinheiro de Lacerda que, pelejando ali, pelos tempos da restauração da casa de Bragança, contra os holandeses, e cedendo o esforço à multidão dos contrários, como refere o cronista, se matou deitando fogo ao paiol do navio depois de lhe arrancar os sinais do triunfo já arvorados nos mastros. Volvidos mais de dois séculos, é-nos grato a nós, que vimos de igual sangue e usamos do mesmo apelido, aportar às mesmas águas num navio da marinha portuguesa com oficiais que, em circunstâncias semelhantes, não hesitariam um só momento entre o render-se e morrer".
Fica aqui o convite para o regresso a Macau no final do século 19 segundo o testemunho do Conde de Arnoso que chegou ao território a 23 de Junho de 1897: "Embarcados na canhoneira Rio Lima, levantámos ferro do porto de Hong-Kong, pelas oito horas da manhã do dia 23 de Junho, em direcção a Macau. Navegando contra vento e corrente, cinco horas levámos a percorrer as quarenta milhas que separam as duas cidades. Pela uma hora da tarde entrávamos na rada em frente da Praia Grande. Com respeito e orgulho olhámos para essas águas, que foram sepultura dum antepassado nosso, Jorge Pinheiro de Lacerda que, pelejando ali, pelos tempos da restauração da casa de Bragança, contra os holandeses, e cedendo o esforço à multidão dos contrários, como refere o cronista, se matou deitando fogo ao paiol do navio depois de lhe arrancar os sinais do triunfo já arvorados nos mastros. Volvidos mais de dois séculos, é-nos grato a nós, que vimos de igual sangue e usamos do mesmo apelido, aportar às mesmas águas num navio da marinha portuguesa com oficiais que, em circunstâncias semelhantes, não hesitariam um só momento entre o render-se e morrer".
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