A 21 de Maio de 1951 ficou concluído o Edifício da Repartições que veio substituiur o antigo Palácio das Repartições. No rés-do-chão foram instalados os Serviços de Fazenda e Contabilidade, no primeiro andar os Serviços de Justiça (Tribunal Judicial da Comarca) e no segundo andar os Serviços de Administração Civil, Administração do Concelho e Tribunal Administrativo.
O edifício projectado por António Lei em 1949 seria formalmente inaugurado em Junho de 1952 aquando da visita do ministro do Ultramar, Sarmento Rodrigues.
Segundo a arquitecta Ana tostões "o edifício compõe‐se de um único volume massivo onde se abrem fiadas de janelas organizadas numa intencional faixa horizontal, que se repete canónica e ritmadamente, conferindo uma presença austera e marcante na paisagem urbana. Com a colaboração dos engenheiros José Baptista, na altura diretor das Obras Públicas, e Zhou Zifan, constitui uma das obras públicas mais interessantes da época porque o desenho se aproxima de uma expressão muito depurada, assente numa clara e racional linguagem clássica, o que lhe confere um deliberado sentido de modernidade. (...)
Actualmente o edifício tem o estatuto de património protegido na sequência da sua designação como “um edifício de valor arquitectónico e artístico” e foi seleccionado para acolher a nova Biblioteca Central. Na fachada pode verificar-se que o escudo português e a numeração romana (1951) foram retirados.
Imagem ca. 1955 com a estátua de Jorge Álvares
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