Fotografias, objectos de lojas de sapatos ou de vinho, mapas e até bilhetes ou anúncios vão ajudar a contar a história da Avenida Almeida Ribeiro. São cerca de 200 as peças que a partir de amanhã estarão em exposição na galeria do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (em Macau) para mostrar o passado de uma rua que ainda guarda alguns dos sabores antigos.
É um passeio no passado. Se a alguns a exposição “Artéria Urbana” vai trazer memórias antigas a outros vai despertar surpresas. Reunindo 200 peças sobre a Avenida Almeida Ribeiro e as artérias adjacentes, a mostra que vai ser inaugurada amanhã na galeria do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) dará a conhecer a história de uma rua que muito tem a dizer sobre a vida e o desenvolvimento da cidade.
Através de fotografias, documentos, plantas, mapas e utensílios de várias lojas características da conhecida “San Ma Lo”, os visitantes poderão “viajar” entre o passado e o presente, já que depois de atravessarem a rua encontrarão dentro de uma sala elementos tão distintos como uma calçadeira da Fábrica de Sapatos Yan Yan, do início do século XX ou medidores de vinhos utilizadas pela Fábrica de Vinhos Hang Fung, de 1950.
Desenho do Grand Hotel (no início/fim da San Ma Lou) |
Além da exposição está ainda agendado para sábado o seminário “Ruas de Macau – Veias e Artérias Urbanas e Memórias Históricas”, que vai contar a participação de várias académicos, explicou por sua vez o chefe dos Serviços Culturais e Recreativos do IACM. “Desde Dezembro que temos vindo a recolher os vários suportes das lojas e também fotografias para que as pessoas possam saber mais sobre a história desta rua”, deu conta Choi Chi Hong.
Mas as iniciativas não se ficam por aqui. Para atrair os mais jovens, o IACM vai ainda realizar um concurso de perguntas e respostas sobre as artérias de Macau. Para aqueles que gostam de juntar as imagens às palavras, o IACM irá ainda publicar um livro e exibir um filme com alguns testemunhos. No centro desta história estarão o restaurante Long Kei e a barbearia Kac Lan, dois marcos da San Ma Lo que a pressão da cidade obrigou a fechar as portas.
Artigo de Fátima Almeida publicado no JTM de 25-10-2012
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