Excertos do artigo "Macau : quatro séculos de história"
publicado em "Cartaz", Lisboa, em Junho de 1967
Em 1568 chegou a Macau o seu primeiro chefe espiritual, o bispo D. Belchior Carneiro, a quem se deve a fundação da Santa da Misericórdia de Macau e dos hospitais de S. Lázaro e S. Rafael. Mas a diocese de Macau só foi criada, a pedido do rei de Portugal, pela bula «Super specula militantis Ecclesiae», de 23 de Janeiro de 1576, que erigiu o primeiro bispado no Extremo Oriente. Compreendia então Macau, ilhas e terras adjacentes, China, Japão e Tonquim. Depois, no decurso do tempo, outros bispados foram surgindo, reduzindo-se a pouco e pouco a extensão da primitiva diocese.
Actualmente compreende 2 vicariatos gerais: Macau (onde reside o bispo), e o de Shiu-Hing.
O vicariato de Macau, com 15,5 Km2, com cerca de 26 500 católicos, tem seis paróquias: Sé Catedral, S. Lourenço, Santo António, São Lázaro, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Carmo (Taipa), e uma missão: S. Francisco Xavier (Coloane).
Em 1965, entre padres, irmãos, freiras, seculares e outros clérigos e auxiliares, o pessoal diocesano compreendia 1287, dos quais 689 professores.
O ensino é ministrado num seminário, 28 escolas infantis, 29 escolas primárias, 17 escolas médias, 2 escolas profissionais, 1 escola de magistério primário, 7 orfanatos; e a assistência é prestada em 2 hospitais, 1 leprosaria, 3 asilos, 8 creches e 7 dispensários.
Há ainda em Macau vários milhares de cristãos não católicos, que são os fiéis das missões protestantes, anglicanos, metodistas, etc.
Porém, a grande maioria dos habitantes de Macau é budista. Para eles há muitos pagodes construídos segundo o estilo chinês. Os mais conhecidos são os de Kun Iam Tong e Neang Ma (A-Ma), dedicados a estas duas divindades.
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