A questão central que o livro permite analisar (e resolver) tem a ver com o saber se se justificaria a existência de órgãos de administração do tipo autárquico num Território marcado pela exiguidade do seu espaço físico. Modernamente, este tipo de questões equaciona-se e soluciona-se no quadro de um ordenamento jurídico que defina um sistema de repartição de competências, que permita a distinção clara das áreas de intervenção dos diferentes níveis administrativos.
Mas a origem desta destrinça, no caso de Macau, reporta-se às suas origens, a diferentes legitimidades e a distintos graus de entrosamento com a realidade local. Dito de outro modo, a ideia de um "governo local" em Macau não constitui um enxerto de uma qualquer bizarria conceptual, importada de modelos administrativos alheios à realidade do Território, mas antes decorre de uma dinâmica social e política local, centrada no protagonismo do Leal Senado e que se foi afirmando ao longo do tempo, ora em cooperação ora em contraposição aos protagonismos dos representantes do governo central português.
Excerto do prefácio da autoria de António Vitorino.
Mas a origem desta destrinça, no caso de Macau, reporta-se às suas origens, a diferentes legitimidades e a distintos graus de entrosamento com a realidade local. Dito de outro modo, a ideia de um "governo local" em Macau não constitui um enxerto de uma qualquer bizarria conceptual, importada de modelos administrativos alheios à realidade do Território, mas antes decorre de uma dinâmica social e política local, centrada no protagonismo do Leal Senado e que se foi afirmando ao longo do tempo, ora em cooperação ora em contraposição aos protagonismos dos representantes do governo central português.
Excerto do prefácio da autoria de António Vitorino.
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