Nesta época os tufões ainda não tinham nome (será só depois da 2ª Guerra Mundial). O jornal "O Século" dedica um artigo (no dia 23) à passagem deste tufão por Macau tendo causado estragos consideráveis em vários edifícios, entre os quais o Palácio do Governador. O artigo refere ainda a ocorrência de algumas mortes. Título do artigo "Um violento tufão caiu sobre Macau".
Foi até então o terceiro mais violento a atingir Macau. O capitão do Porto, Almeida Pinheiro, publicou um relatório sobre o mesmo no Suplemento nº 44 do Boletim Oficial de Macau de 31-10-1927. Nesse documento fica-se a saber, por exemplo, que a amarra que segurava o cruzador "República" à bóia se partiu. O navio chegou a adornar e esteve em risco de afundar.
No jornal "A Pátria" publicado em Macau a 23 de Agosto de 1927 pode ler-se que o "República" galgou o molhe do Porto Exterior e foi parar em frente a Santa Sancha a uns 100 metros apenas da terra. Nesse mesmo dia o cruzado partiu em direcção a Lourenço Marques. Era comandante o comodoro Ivens Ferraz.
Texto elaborado a partir de dados obtidos em "Marinheiros ilustres relacionados com Macau" de Mons. Manuel Teixeira, Centro de Estudos Marítimos, Macau, 1988 e "O cruzador "República" na China em 1925, 1926 e 1927 : subsídios para a história da guerra civil da China e dos conflitos com as potências". Lisboa : Imprensa da Armada, 1932, da autoria de Guilherme Ivens Ferraz
Informações adicionais em: http://macauantigo.blogspot.com/2009/04/tempestades-tropicais-tufoes.html
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