No labirinto da cidade há inequívocos sinais de uma presença secular portuguesa. Uns mais óbvios que outros mas todos remetendo para uma memória longínqua. É nessa cidade invisível, constituída por pistas, monumentos, sons, odores: fragmentos e lembranças, que se procura o rasto de um caudal que correu por muitos anos e que foi deixando despojos, sinais, tradições, marcas de uma cultura.
Por vezes, é na curva de uma estrada que se encontram essas marcas, ou na tabuleta de uma rua, na confecção de um prato e na expressão de uma pessoa. Há os símbolos gravados na pedra ou cerzidos num pano, referências de um poder político e administrativo que foi semeando os seus sinais. No ano em que Macau regressa à soberania chinesa, enumerar os sinais da presença portuguesa pode parecer um gesto nostálgico. Mas não trata-se tão só de ganhar distância.
Sinopse do livro editado em 1999 pela Livros do Oriente. Textos de Luis andrade de Sá e fotografias de António Falcão.
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