Iniciados em 1937, os 'Interports' eram realizados, alternadamente em Macau e Hong Kong. Antes do desafio o representante oficial da cidade anfitriã deslocava-se ao terreno de jogo para cumprimentar os jogadores e os árbitros. A seguir uma banda tocava os hinos da Grã-Bretanha e de Portugal. Depois do jogos realizava-se um jantar de confraternização entre as duas equipas. Semanas antes do dia do jogo este fazia parte de todas as conversas da cidade e os jornais não falavam de outra coisa. Em Macau, os jogos tinham lugar no Campo 28 de Maio/Canídromo. As bancadas enchiam-se de civis e militares. As duas primeiras edições foram ganhas por Macau "sem grandes dificuldades". Em 1941, a poucos meses do início da guerra Macau voltou a ganhar mas apenas por um golo. Da equipa faziam parte Artur dos Santos (Cascais), António Colaço, Américo Córdova, Alexandre Airosa, Ip Pou Tou, Leung Sui Wah, Gomes e Delfim de Carvalho (King Kong).
Entre 1942 e 45 não houve jogos por causa da guerra. Em 1946 Macau perdeu por 3-2 com uma equipa à base de elementos da polícia. Em 1947 Macau ganhou por 4-2. "Ao intervalo estava a perder por 2-0 mas na reviravolta do resultado salientou-se Tiago Badaroco que fez um hat trick sensacional."
Em 1951 Macau conseguiu o resultado mais dilatado, 3-0, numa equipa formada por Teixeira, Cheong Siu Lin, Tou Lin Kai, Alfredo Cotrim, Koc Seac, Lou Hon San, Mário Alberto, Abel Chung, João Rocha, Carlos Paulo e Lei Ian Veng.
Em 1952 o jogo realizou-se em Hong Kong e Macau perdeu por 4-0. No ano seguinte, a jogar em casaa, aconteceu a desforra por 3-2. Desta equipa fazia parte Augusto Rocha que viria a representar a selecção de Portugal (ver outro post) no mundial de Inglaterra em 1966.
O treinador de Macau era o capitão Palmela. Jogadores: Afonso, Francisco Cunha, Luís Cunha, Filomeno da Rocha, Baptista, Alfredo Cotrim, Abel Chung, Carlos Paulo, João Rocha.
Em 1954 derrota de Macau por 7-4, em 55 não houve e em 1956 nova derrota por 5-3. A partir de 1956 os interports começaram a perder importância.
Texto elaborado a partir de um artigo de Henrique Manhão no jornal Tribuna de Macau.
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