terça-feira, 23 de junho de 2009

Companhias Indígenas

1953: rendição (substituição de uma por outra) das Companhias Indígenas de Moçambique que prestavam serviço militar em Macau. Eram geralmente praças... ou os também denominados "pessoal menor".
A imagem é do transbordo em Hong Kong. Devido ao elevado calado dos navios que transportavam os militares (como o Niassa) este terminavam a viagem em Hong Kong, sendo os militares transportados par Macau em embarcações que ficaram famosas como o Tay Loy, Fat Shan (na imagem) e Tha Shing. A viagem nas décadas de 1950-60 durava cerca de 4 horas.
Niassa: Navio misto (carga e passageiros), de 1 hélice, construído em 1955, na Bélgica, registado no Porto de Lisboa, e abatido em 1979; com 151 metros de comprimento, tinha arqueação bruta de c. 10.700 toneladas, uma potência de 6.800 cavalos e uma velocidade normal de 16,2 nós; alojamentos: 22 em primeira classe, e 300 em classe turística, num total de 322 passageiros. Conta-se que quando transportava tropas, a lotação quadruplicava! O nº de tripulantes era de 132. Armador: Companhia Nacional de Navegação a quem o Estado requisitou para o transporte de tropas.
Os DL 41 559 e 41 577, aprovados no início de 1958, alteram a organização militar do império. Os quadros e efectivos são muito aumentados e as forças ultramarinas deixam de ter como objectivo reforçar a metrópole em caso de guerra, como era a anterior filosofia.
Este novo conceito permite que as unidades militares das colónias sejam dispersas e deixem de estar concentradas nas capitais. É também previsto o envio de forças expedicionárias ou quadros para o ultramar, em períodos de serviço de três anos.
No Estado da Índia, em Macau e em Timor não se altera nada, mantendo-se o contingente militar, "não havendo preocupações de momento com Cabo Verde e São Tomé".

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