O comércio com a China foi monopólio dos portugueses desde o século XVI até à primeira metade do século XVII, sendo substituídos pelos holandeses a partir de 1630-40 mantendo-se na zona até ao século XIX.
Apesar da manutenção de Macau para além desta data, Cantão foi o único porto chinês aberto ao comércio internacional depois do encerramento de todos os portos em 1757, no reinado de Qianlong (乾隆). Em Cantão foi estabelecida uma área reservada aos estrangeiros, fora dos muros da cidade, e um conjunto de regras que visavam impedir o contacto entre a população local e os ocidentais.
A ocidente era grande a curiosidade pelo antigo e misterioso império da China com os poucos viajantes que por lá passavam a contar histórias de cidades, produtos e costumes exóticos. Depressa esse exotismo tornou-se num bem de consumo muito procurado e os artistas e comerciantes chineses aproveitaram a situação.
A ocidente era grande a curiosidade pelo antigo e misterioso império da China com os poucos viajantes que por lá passavam a contar histórias de cidades, produtos e costumes exóticos. Depressa esse exotismo tornou-se num bem de consumo muito procurado e os artistas e comerciantes chineses aproveitaram a situação.
Com o acesso a Cantão - via Macau - dos estrangeiros, a partir do século 18, dá-se um intercâmbio entre as artes chinesa e ocidental, cada uma reflectindo a influência da outra. E as encomendas dos ocidentais aos chineses dispararam. Desde os serviços de porcelana, pinturas, lacas, pratas, marfins e mobiliário. O comércio destes produtos originou a divulgação no ocidente da arte chinesa e também a sua imitação, dando origem à chamada 'chinoiserie', palavra francesa que designa a imitação ou evocação dos estilos chineses na arte ou na arquitetura ocidentais, o equivalente à palavra em português 'chinesice'.
Os objectos de laca tornaram-se nas encomendas ocidentais mais difundidas. Assim desde o século XVIII e sobretudo no XIX apareceram móveis lacados, caixas, pratos e tabuleiros decorados com motivos chineses e europeus.
Legenda das duas imagens deste post:
1- Leque de marfim e guache sobre papel com três vistas panorâmicas - Hong Kong, Macau (ao centro, vista da baía da Praia Grande) e Cantão - feito ca. 1850/50.
2 - Tampo de mesa de descanso feito em madeira lacada ca. 1830/1840 sendo o motivo a baía da Praia Grande.
Legenda das duas imagens deste post:
1- Leque de marfim e guache sobre papel com três vistas panorâmicas - Hong Kong, Macau (ao centro, vista da baía da Praia Grande) e Cantão - feito ca. 1850/50.
2 - Tampo de mesa de descanso feito em madeira lacada ca. 1830/1840 sendo o motivo a baía da Praia Grande.
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