terça-feira, 4 de março de 2014

Concurso "Cantá Bastiana"

Muitas tradições do folclore Macaense perderam-se no tempo e da memória colectiva, mas uma canção tradicional de Macau foi ressuscitada e incluída em recente CD gravado e interpretado por um agrupamento artístico de Portugal.
A canção "Bastiana", cuja origem se perde na noite dos tempos, anos atrás também cantada pelo Coral Dinamene, surge agora na cena discográfica portuguesa. As letras, em patuá, falam de amores não correspondidos que Deus castigaria 'fazendo-te os olhos tortos'.
No intuito de promover o interesse pelas tradições e o dialecto macaenses, o IIM e o Jornal Tribuna de Macau associam-se para lançar um concurso de criatividade para, até ao dia 30 de Abril próximo, encontrar novas quadras para a canção 'Bastiana'.


Letra original

Quin quêrê amôr, Bastiana,
Prêcisa considérá
Amôr nunca sam brinco, Bastiana,
Pêgá torná largá.

Quin quêrê pâ iô, Bastiana,
Tánto ancusa lôgo dá
Apa, múchi, côco, Bastiana
Pipis, cátupá.

Iô quêrê pâ vôs, Bastiana,
Vôs quêrê pâ ôtro;
Dêus lôgo cástigá, Bastiana,
Fazê vos sa ôlo tôrto.

Arvrê di papaia, Bastiana,
Pê já nàcê rabo,
Vêlo-velo olá rapariga, Bastiana
Boca ta còrê babo.

A música da canção pode ser ouvida aqui:
www.youtube.com/watch?v=fuAgMXP-Q1g ou www.youtube.com/watch?v=zwIMOqvqA-M

Prémios de $500 são atribuídos numa fase inicial a dez concorrentes que entregarem duas quadras, em patuá, que possam ser cantadas com a melodia mencionada e forem consideradas as melhores por um júri. 
Posteriormente, haverá uma votação pública, feita por via electrónica, para se apurar as três quadras mais populares que receberão respectivamente MOP$ 5,000(US$650), MOP$ 3,000 (US$375) e MOP$ 2,000 (US$250) de prémio. O concurso está aberto tanto para residentes de Macau como internacionalmente para pessoas de qualquer nacionalidade ou etnia.“
O prazo é até ao dia 30 de Abril de 2014, devendo a entrega ser feita no IIM ou por via electrónica (iim@iimacau.org.mo).  O autor deve identificar-se e indicar a morada e o contacto.

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