Em Junho de 1971 Armando de Oliveira Hagatong dizia que “O concurso de culinária e doçaria contribuiu para tornar mais conhecidos os nossos apetitosos pratos na Metrópole e salvar aquelas receitas, transmitidas de geração em geração”. Referia-se à I Quinzena de Macau em Lisboa. Para este evento (concurso de culinária) deram um contributo essencial
Laura Lobato Majer, Fátima Tamagnini Barbosa de Oliveira e Maria Celestina de Mello e Senna.
• Bolo menino (receita de Laura Lobato Majer, com apresentação de Alice Hagatong):
32 ovos / 300 g de pinhão torrado / 1 coco torrado / 400 g de amêndoa torrada / 600 g de açúcar / 600 g de bolachas de água e sal moídas ou pão ralado / 1 ½ colher de chá de fermento
Batem-se as gemas com o açúcar muito bem, juntam-se depois os restantes ingredientes e, por fim, as claras batidas em castelo. Leva-se ao forno em forma untada até cozer. Desenforma-se e polvilha-se com “icing-sugar”.
• Bebinca de leite:
1 chávena de maizena / 4 chávenas de leite / 2 chávenas de água de coco / 2 chávenas de açúcar / 6 gemas / 2 colheres de sopa de manteiga / ½ colher de chá de sal
Bater as gemas com o açúcar, juntar depois os restantes ingredientes e, por fim, o leite aquecido. Levar ao lume para engrossar e depois vazar num “pyrex” e alourar no grelhador do forno.
Também pode vazar a bebinca enquanto quente numa forma untada de óleo e levar ao frigorífico, servindo-a desenformada. No Verão esta versão é mais agradável ainda do que a tradicional.
• Doce de laranja torneada (apresentação de Aurelina Dias):
2 kg de laranja / 2 kg de açúcar pilé
Tornear as laranjas com um aparelho próprio e reservar as tiras da casca. Cortar as laranjas ao meio e pô-las de molho durante três dias, devendo mudar a água diariamente.
Passado esse tempo, levar ao lume as laranjas, as tiras de casca e o açúcar, mantendo a fervura muito lenta até a calda ganhar ponto de geleia.
Servir o doce frio como sobremesa.
• Obreia (receita de Laura Lobato Majer):
600 g de farinha / 300 g de açúcar / 16 gemas / 1 clara / 100 g de manteiga
Bate-se muito bem o açúcar com as gemas e junta-se a farinha, a manteiga e a clara. Formam-se umas hóstias que se levam ao forno em tabuleiros polvilhados de farinha.
Nota: na época a “Banquete: Revista Portuguesa de Culinária”, nº 143 de Janeiro de 1972, publicou algumas destas receitas. Esta revista era editada pelo Instituto de Culinária da empresa CIDLA – Combustíveis Industriais e Domésticos, S.A.R.L.
No póximo post publico mais três receitas de doces macaenses.
No póximo post publico mais três receitas de doces macaenses.
Estas e outras receitas macaenses podem ser encontradas no livro A Culinária dos Macaenses / João António Ferreira Lamas. - Porto : Lello & Irmão Editores, 1994. - 282, [3] p. - ISBN 972-48-1674-5, com prefácio de Jorge Forjaz e patrocínio da Direcção de Serviços de Turismo de Macau e do Instituto de Formação Turística de Macau. Na Fundação Oriente está esgotado.
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