Editado em 1980 pela Imprensa Nacional de Macau, "A Voz das Pedras" reúne os textos da autoria de Monsenhor Manuel Teixeira antes publicados nas separatas 3 e 4 do vol. XII e 1 a 4 do Vol. XIII do Boletim do Instituto Luís de Camões.
Nesta obra Manuel Teixeira dá voz às 'pedras' com valor histórico: estátuas, monumentos, inscrições, muralhas, etc...
Algumas entretanto já desapareceram outras permanecem como marcas da presença portuguesa. Desde a estátua de Vasco da Gama (do escultor Tomás Costa inaugurada em 31 Janeiro de 1911), à estátua de Jorge Álvares (inaugurada em Setembro de 1954), passando pelas inscrições em pedra em locais como a Fortaleza do Monte (ver imagem), fortaleza da Guia, rochedo na Estrada do Arco, pedra que assinalava o início da construção do Liceu na Praia Grande (já não existe); o busto do Infante D. Henrique (oferecido pelos escultor O. Acconci ao reitor Ferreira de Castro em 1940); busto de João de Deus, actualmente no jardim interior do Leal Senado, mas que foi colocado pelo primeira vez em 1942 no jardim do recreio da Escola infantil D. José da Costa Nunes; uma pedra com inscrição em relevo do símbolo da monarquia junto ao templo Lin Fong Mio e que segundo escreveu na época Manuel Teixeira trata-se de uma "coroa real e escudo, tendo por baixo a data de 1848, foram mandados esculpir pelo governador Ferreira do Amaral. A data, que não se encontra visível, estará provavelmente escondida pelo relvado que circunda a rocha"...
Algumas entretanto já desapareceram outras permanecem como marcas da presença portuguesa. Desde a estátua de Vasco da Gama (do escultor Tomás Costa inaugurada em 31 Janeiro de 1911), à estátua de Jorge Álvares (inaugurada em Setembro de 1954), passando pelas inscrições em pedra em locais como a Fortaleza do Monte (ver imagem), fortaleza da Guia, rochedo na Estrada do Arco, pedra que assinalava o início da construção do Liceu na Praia Grande (já não existe); o busto do Infante D. Henrique (oferecido pelos escultor O. Acconci ao reitor Ferreira de Castro em 1940); busto de João de Deus, actualmente no jardim interior do Leal Senado, mas que foi colocado pelo primeira vez em 1942 no jardim do recreio da Escola infantil D. José da Costa Nunes; uma pedra com inscrição em relevo do símbolo da monarquia junto ao templo Lin Fong Mio e que segundo escreveu na época Manuel Teixeira trata-se de uma "coroa real e escudo, tendo por baixo a data de 1848, foram mandados esculpir pelo governador Ferreira do Amaral. A data, que não se encontra visível, estará provavelmente escondida pelo relvado que circunda a rocha"...
Pedra de armas na entrada principal da Fortaleza do Monte, originalmente chamada de Forte do Monte. Tem as armas reais de Portugal, uma cruz e um globo, e a expressão "anno dni 1626". Por cima está a figura de S. Paulo. Na verdade a fortaleza é anterior a esta data, pelo menos o início da sua construção pelos jesuítas. Foi tomada em 1626 pelo capitão-geral D. Francisco de Mascarenhas. Chegara três anos antes e com construção de um quarto baluarte deu por finalizados os trabalhos de construção. Foi aqui que viveram os primeiros governadores de Macau.
Esta pedra estaria originalmente colocada no átrio da fortaleza mas nas obras de 1971 foi encontrado atrás da pedra um vestígio religioso pelo que a pedra de armas passou então para o muro exterior junto à entrada. Na imagem abaixo pode ver-se o local onde foi encontrada a pedra e onde em 1979 foi colocada uma estátua de Nossa Senhora da autoria de António Duarte (1912-1998).
De facto, as pedras 'falam'. Basta que lhes demos voz e as saibamos escutar... É o que vou tentando fazer aqui pelo blog.
A propósito do Dia Mundial do Livro que hoje se assinala, fica a sugestão para uma visita à Feira do Livro de Lisboa que está quase a começar e onde podem encontrar muitos livros sobre Macau, incluindo no stand da Livraria do Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal (C02). É a 82º edição e realiza-se de 24 de Abril a 13 de Maio no Parque Eduardo VII. Estão previstas algumas novidades e várias sessões de autógrafos que em breve darei conhecimento. Para já eis as que estão previstas até 6 de Maio.
4ª, 25.4., das 16h às 17h: Ernesto Matos
Sáb., 28.4., das 15h às 17h: Isabel Pinto
Dom., 29.4., das 16h às 18h: Jorge Arrimar
3ª, 1.5., das 17h às 18h: Ernesto Matos
Sáb., 5.5., das 15h às 17h: Isabel Pinto
Dom., 6.5., das 16h30 às 18h: João António Lamas
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