Em 2001, já a viver no Lar de Chaves, Monsenhor Manuel Teixeira enviou esta carta a Francisco Figueira agradecendo-lhe o envio do livro "Macau visto do céu" que elogia bastante. "Fui sempre seu amigo quer na presença quer na ausência. Orgulho-me de si por ter ido ao céu buscar tão belas imagens." (Francisco Figueira é autor dos textos e Filipe Jorge o autor das fotos)
A certa altura escreve que recentemente tinha sido operado às cataratas e que sentia muitas saudades de Macau. "De Macau não recebo notícias nem jornais. São poucas as visitas dessa terra que eu adoro." Bastante lúcido e não menos frontal refere o ambiente em que está a viver no lar juntamente com "132 velhos analfabetos que só conhecem a agricultura e não se interessam por mais nada." Um desabafo natural para quem sempre viveu rodeado de livros. Termina com "um abração do amigo Manuel Teixeira".
Francisco Figueira (esq.) e Monsenhor Manuel Teixeira. Macau, final década 1970. Foto António Andrade |
Agradecimentos: Rita e Leonor Figueira (carta), Miguel e António Andrade (foto).
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