Numa das 10 moradias da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida - nº 95 A/B - junto ao Tap Seac, é inaugurada este sábado a Casa da Literatura de Macau. Segundo o IC o espaço "tem como objectivo divulgar a produção literária local e construir uma plataforma de permuta na área da escrita através de um variado leque de exposições e eventos, promovendo assim o espírito criativo da literatura e impulsionando um desenvolvimento cultural inovador."
A Casa foi construída nos anos 20 do século passado e inicialmente era utilizada como residência de funcionários públicos, contando-se actualmente entre os bens imóveis classificados de Macau. O edifício de dois pisos apresenta características típicas de estilo português, dispondo de uma sala de exposições permanente, uma sala de leitura, uma sala de exposições temáticas, salas polivalentes, um jardim interior e um jardim exterior.
A sala de exposições permanente apresenta a evolução da literatura local, exibindo as obras e os manuscritos originais de vários escritores influentes e poetas chineses e portugueses, nomeadamente, Tang Xianzu, Wu Li, Luís Vaz de Camões e Camilo Pessanha.
Segundo alguns historiadores Luís Vaz de Camões (1524-1580) terá passado por Macau e escrito na cidade parte da obra "Os Lusíadas". O poeta Camilo Pessanha (1867-1926) viveu quase 30 anos em Macau, onde morreu e está sepultado.
Tang Xianzu (1550-1616), conhecido como o Shakespeare chinês, cuja maior obra, "O Pavilhão das Peónias", inclui uma cena inspirada em Macau; o poeta e pintor Wu Li (1632-1718), foi um dos primeiros padres jesuítas chineses, após estudar no Colégio de São Paulo, em Macau.
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