
Em 1793, Lord Macartney (imagem ao lado) liderou uma embaixada britânica destinada a persuadir o império chinês a abrir as portas ao comércio internacional sem ter que passar pela intermediação dos portugueses em Macau ou dos mercadores chineses em Cantão.
A China recusou a 'oferta' inglesa, "não se dignando exibir a sua majestade a esses atrevidos bárbaros que recusavam o kowtow (prostração) devida ao Senhor do Céu". Os dignitários britânicos foram então conduzidos a uma ala do palácio onde, perante um trono vazio, depositaram as ofertas com que o rei inglês pretendia demonstrar as conquistas tecnológicas da civilização europeia. Estava iminente o choque das duas civilizações. Seguir-se-ia a Guerra do Ópio e anos depois surgiria Hong Kong...
Sir George Staunton, era o secretário de Lord Macartney e registou o diário dessa missão entre 1792 e 1794. Seguem-se alguns excertos relativos à passagem da "embaixada" por Macau.

(...)

Sobre a gruta Camões
«The cave is a little below the loftiest eminence in the town, and called Camoens' Cave, from a tradition current in the Settlement, that the Portuguese poet of that name, who had certaily resided a considerable time at Macao, wrote his celebrated poem of the Lusiad in that spot. This interesting cave is now in the middle of a garden belonging to a house where the Embassador and two of his suite resided at Macao, upon an invitation from one of the gentlemen of the factory, who dwealt in it when not called upon to be at Canton. This house and garden command a very extensive prospect. In laying out the latter, none of its advantages have been neglected. It preserves every variety of surface, and contains a number of beautiful shrubs and fruit trees, growing in such apparent irregularity as to look like the spontaneous production of the place.»
Dessa passagem por Macau, única forma de aceder à China durante séculos, ficou ainda este mapa da península e planta da cidade no final do século XVIII. É apenas um entre os cerca de 80 documentos (mapas, retratos, esboços, etc...) feitos entre 1792 e 1794 por William Alexander, Sir John Barrow, Bart., Sir Henry Woodbine Parish e William Gomm. Muitos deles seriam usados para ilustrar o livro que conta a história da viagem e que foi publicado logo em 1797 não só em inglês como também em francês e italiano.
Dessa passagem por Macau, única forma de aceder à China durante séculos, ficou ainda este mapa da península e planta da cidade no final do século XVIII. É apenas um entre os cerca de 80 documentos (mapas, retratos, esboços, etc...) feitos entre 1792 e 1794 por William Alexander, Sir John Barrow, Bart., Sir Henry Woodbine Parish e William Gomm. Muitos deles seriam usados para ilustrar o livro que conta a história da viagem e que foi publicado logo em 1797 não só em inglês como também em francês e italiano.
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