Este post é mais um exclusivo do blog Macau Antigo. Conta a história de um militar, Luís Maria Baptista da Costa, que no final da década de 1940 cumpriu uma missão em Macau como ajudante-de-campo (militar oficial às ordens de um general) de Laurénio Cotta Morais dos Reis que assumirá o cargo de Comandante Militar da Colónia de Macau a 27 de Agosto de 1949. Este cargo era até então desempenhado em acumulação pelo Governador. Morais vai manter-se no cargo até Setembro de 1950. Voltando a história do então tenente Luís Costa...
"Meu irmão, Luís Maria Baptista da Costa, na altura tenente, integrou o contingente que partiu para Macau a 15 de Julho de 1949 na qualidade de Ajudante de Campo do Comandante Militar, Gen. Cotta de Morais. Regressou com o mesmo contingente em 1951. Cerca de dois anos depois casa e parte para Moçambique onde, em 1955, nasce sua filha Luísa Maria G.S. Baptista da Costa. Passam os anos e chegamos ao 25Abril. Sendo um homem progressista integrou o MFA. Sucede o 25 de Novembro e…é passado à reserva. Entretanto, como tinha concluído o ISCEF, passa a trabalhar em consultadoria, apoiando o Poder Autárquico. No verão de 1983 aparecem complicações digestivas, sintomas da trágica doença que, em três meses, o leva à morte.
Vista da Penha: década 1950 |
Baptista da Costa: da esq. para a dta. é o 4º
Baptista da Costa junto à estátua
Onze anos mais tarde, nossa sobrinha Luísa Maria vem com a novidade que nos deixou de boca aberta:Parece que tenho uma irmã chinesa!!!…e conta que entraram em contacto com ela informando-a que tinha uma irmã, Maria da Fátima , filha de Matilde Rosa Dias, funcionária dos Correios de Macau na altura. Matilde teve um romance com meu irmão, de que resulta a Fátima. Entra em baixa médica, evitando assim qualquer contacto com meu irmão. Fê-lo com receio que, aquando do seu regresso, lhe ‘roubasse’ a menina (situação que constava ocorrer com frequência). Assim, meu irmão nunca soube que teve esta filha! Em princípios de 1974, Matilde e Fátima resolvem vir para Portugal. Aqui, Fátima, sabendo há muito quem era o pai, procurou seu nome na lista telefónica e encontra-o. Contou à mãe, que confirmou mas não deu saída, pois já sabia que ele tinha constituído família.Um pouco mais tarde junta-se-lhes o tio Aka, de seu nome Carlos Henrique Dias. Passam-se mais uns anos e, em 1993 Aka morre; cinco meses depois, véspera de Natal, Matilde desaparece também.
Porto Interior (hotel Kuok Chai ao fundo) no início da década de 1950 |
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