Num pequeno livro destinado principalmente aos turistas, editado na década 1960 pela Agência Geral do Ultramar, pode ler-se sobre este edifício conhecido pelos nomes de Grand/Kuok Chai hotel:
“O Hotel Kuoc Chai, situado ao fundo da Avenida Almeida Ribeiro, junto das pontes de desembarque do Porto Interior, onde atracam todos os barcos da carreira Macau-Hong Kong. De linhas modernas e janelas rasgadas, tem 84 quartos.
No rés-do-chão e no «mezanino» funciona um restaurante de comida europeia, e no 3.º andar outro de comida chinesa. Além dum «Salão de beleza», instalado no «mezanino», existe no 1.º andar um «Salão de dança»
Preços dos quartos:
Singelos (sem casa de banho) 10 patacas diárias
Singelos (com casa de banho) 18 patacas diárias
Dobrados (todos com casa de banho) 25 patacas diárias”
Projectado pelo engenheiro civil macaense João Canavarro Nolasco ao estilo art-déco , o Grand Hotel pertencia à família Fu que detinha o monopólio do jogo no território. Foi inaugurado em Março de 1941 durante a guerra sino-japonesa e a poucos meses da segunda guerra mundial se estender ao Pacífico e passar a ter escala mundial.
Fica (ainda existe o edifício embora desactivado desde a década 1990) junto ao Porto Interior e à ponte-cais 16 (inaugurada em 1948). Fazia parte dos dos chamados "hotéis chineses" do território onde se incluía, por exemplo, o Hotel Central, na mesma avenida, ou o Macau na Travessa das Virtudes e o Oriental. Entre os do tipo "ocidental" destaque para o Bela Vista (antigo Boa Vista) e o Riviera.
O Kuok Chai visto da Fortaleza do Monte: década 1950 |
Para além do "Salão de Dança", aberto até às 3 da manhã, outro dos atractivos deste hotel inaugurado em 1941 com um total de 9 andares, era o Salão de Chá no último piso - a part do Central era o edifício mais alto do território - proporcionando uma vista desafogada e magnífica sobre todas as ilhas em redor.
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