"Três Jogos Populares de Macau: chonca, talu, bafá" de Ana Maria Amaro, ICM, 1984.
O grupo dos macaenses que é verdadeiramente original, fruto de polihibridismo, um isolado parcial por homogamia, manteve padrões culturais muito característicos, provenientes dos mais remotos pontos da Terra e não apenas da China e de Portugal, como muitos, erradamente, supõem.
O grupo dos macaenses que é verdadeiramente original, fruto de polihibridismo, um isolado parcial por homogamia, manteve padrões culturais muito característicos, provenientes dos mais remotos pontos da Terra e não apenas da China e de Portugal, como muitos, erradamente, supõem.
Testemunho dessa cultura tão híbrida e tão rica como o fundo
genético dos macaenses são, por exemplo, os seus jogos tradicionais, hoje
praticamente perdidos em crescente diluição, principalmente nos novos padrões
importados do ocidente.
Neste trabalho são estudados três antigos jogos macaenses
que se mantiveram vivos quase até aos nossos dias: a chanca, jogo africano,
cujo nome parece apontar para uma introdução via Malaca e cuja estrutura, por
outro lado, nos leva a admitir a influência dos escravos africanos; o talu,
jogo que, pelo menos, ainda no século XVIII era praticado em Portugal e que
supomos ter sido introduzido em Macau pelos padres jesuítas, devido à origem do
nome, que perdurou entre os macaenses, e o bafá, uma curiosa adaptação dum jogo
de cartas chinês, que nos revela até que ponto as antigas nhonhas macaenses
ignoravam o dialecto cantonense, ou, pelo menos, sobre-estimavam o português,
utilizando o seu sab'roso patois, mesmo quando adoptavam um passatempo das suas
velhas amas.
Emissão filatélica de 1989
O jogo do canto superior direito joguei muitas vezes, o esquerda
ResponderEliminarse for berlinde também joguei e o modo de jogar era diferente do de Portugal