O edifício foi concebido por Manuel Vicente entre 1963 e 1964 como um convento construído à volta de um pátio quadrado que resulta do limite espacial definido pelas ruas envolventes. O espaço interior é assim recuperado, com as árvores promovendo uma atmosfera de recolhimento e claustro.
A capela ergue‐se como um volume exemplar, cúbico, localizado no gaveto mais significativo do terreno, assumindo‐se nessa expressão que atinge o mundo público e urbano. Para além disso, a descoberta da singularidade e do sentido misterioso de Macau parece tomar forma no modo como Manuel Vicente manipula a entrada de luz através de dispositivos que deixam passar a luz e a sombra. Um sistema de brise‐soleils exteriores constitui o filtro dos longos e esguios vãos que se abrem ritmadamente na fachada para buscar a luz do dia.
Texto de Ana Tostões, arquitecta.
Nota: Actualmente o edifício - na Rua do Chunambeiro - funciona como Creche diocesana Helen Liang.
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