Década 1960
O Infante Dom Henrique (de Avis), nasceu no Porto a 4 de Março de 1394 e morreu em Sagres a 13 de Novembro de 1460. Ficou para a história como cognome de O Navegador. A avenida com o seu nome em Macau começa no cruzamento da Praia Grande com a San Ma Lou e vai até à rotunda Ferreira do Amaral, frente ao hotel Lisboa (foto acima no início da década de 1970). O Infante D. Henrique representa
a coragem, o dinamismo e o espírito empreendedor do povo português e foi eleito a personagem de eleição do nacionalismo que dominou o Estado Novo em Portugal.
O edifício primitivo do Padrão dos Descobrimentos que Cottinelli Telmo
esboçou foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo
Português. 20 anos depois ocorrem as Comemorações Henriquinas (5º centenário da morte do Infante). Em
Belém (Lisboa), reergueu-se o Padrão dos Descobrimentos em betão revestido de
pedra rosal de Leiria. E um pouco por todo o território português essas comemorações tiveram eco. Macau não foi excepção. A 16 de Janeiro de 1960, o governador de Macau Jaime Silvério Marques
determinou em despacho que se compilasse um opúsculo contendo as
principais actividades e celebrações levadas a efeito nesse que ficou para a história como "Ano
Henriquino". O livro tem mais de 400 páginas, foi editado pelo Leal Senado da Câmara de Macau em Dezembro desse ano e impresso da Tipografia da Missão do Padroado. Uma delegação da Mocidade Portuguesa de Macau deslocou-se a Portugal para participar nas comemorações.
O Liceu e o padrão dos descobrimentos. 1985. Foto de Paula Garcia |
As comemorações iniciaram-se a 4 de Março desse ano com o hastear das
bandeiras Nacional e da Cruz de Cristo em todos os edifícios públicos (que também estiveram iluminados durante a noite) e uma missa Te Deum. Dos diversos actos comemorativos em Macau destaco a inauguração da avenida Infante .D. Henrique (entre o Liceu e a Escola Comercial) e a colocação de um padrão dos descobrimentos frente à entrada principal do Liceu, do qual era patrono. A propósito, Oséo Acconci ofereceu ao reitor do Liceu, Ferreira de Castro, um busto do Infante que durante largos anos esteve no átrio do edifício, depois na biblioteca e, quando o Liceu deixou de existir em 1999, o busto foi levado para a Escola Portuguesa, onde está ainda hoje.
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