Em 1685, procurando capitalizar as relações fracassadas entre a China e os missionários portugueses devido à controvérsia dos ritos, Luís XIV enviou seis jesuítas franceses à China como emissários científicos.
Em 1735, o padre e historiador jesuíta Jean Baptiste Du Halde recebeu a missão de compilar e editar os relatos publicados e manuscritos de viajantes jesuítas na China numa única obra que viria a intitular-se "Description géographique, historique, chronologique, politique, et physique de l'empire de la Chine et de la Tartarie chinoise".
Composta por 4 volumes - o primeiro volume foi publicado em 1735 - inclui dezenas de carta/mapas da autoria do geógrafo real Jean Baptiste Bourguignon d'Anville (1697-1782). Para além da edição em francês, foi também publicada noutras línguas.
Macau surge representado numa página onde estão um total de 3 cartas/mapas da costa chinesa junto a Cantão: a primeira é da província de Cantão (Katon), a segunda de Shang chwen Shan, or Sançian Isle (actual Ilha de Shangchuan, onde morreu S. Francisco Xavier), e a terceira de "Ma-kau & the Adjacent Isle", ou seja, "Macau e ilhas adjacentes". Tem a particularidade de estar assinalada a chamada "Casa Branca/do Mandarim"
O livro tem, naturalmente, múltiplas referências a Macau, incluindo um texto intitulado "Porto do Macau".
Sem comentários:
Enviar um comentário