segunda-feira, 13 de julho de 2020

"Expedição ao Tibete: com música na bagagem"

Em 1624 o padre jesuíta António de Andrade (1580-1634) partiu rumo ao reino de Guge, no Tibete Ocidental, tendo ali chegado dois anos depois na companhia de Manuel Marques e um grupo de peregrinos Hindus, estabelecendo a primeira missão cristã naquele território do Oriente.
Esta viagem histórica que marcou o início do contacto entre a Europa e o povo tibetano serviu de inspiração para o livro/CD "Expedição ao Tibete: com música na bagagem" da autoria de Joaquim Correia e editado este ano pela Misago.

Sinopse:
Um grupo de amigos residente em Macau decide visitar o Tibete, atravessando de camioneta os Himalaias até Lhasa, com partida de Kathmandu no Nepal. O que parecia uma mera jornada turística escondia percalços e mesmo perigos imprevistos! Quem nos acompanhou na viagem e outros possíveis leitores destas páginas merecem uma explicação, que surge agora em forma de conto.
Tudo começou já lá vão mais de 400 anos, fruto do sonho de um musicólogo aventureiro, fascinado com sons, melodias e ritmos de outras culturas!
Domingos de Macau, moço criado do Padre Jesuíta António de Andrade e de outros aventureiros da terra e do mar, compõe melodias que acompanham a maravilhosa e perigosa caminhada para o Tibete, com partida de Goa e passagem pelo Hindustão, nos alvores do século XVII. Perdidos nas andanças das descobertas, essas composições são acidentalmente recuperados por Luís Gouveia, investigador musical que preparava um texto sobre Música em Camilo Pessanha na biblioteca do Leal Senado em Macau.
Consciente da preciosidade do documento, o investigador sabe que o seu amigo tibetano, monge num mosteiro no Tibete, poderia assim cumprir o sonho de criar uma orquestra juvenil, seguindo o modelo de El Sistema venezuelano! Encontrou quem em segredo empreendesse a tarefa de lhe fazer chegar o manuscrito, longe da cobiça e do lucro, mas nem tudo correu como esperava...
Os meus companheiros que me perdoem, mas só agora posso contar o que realmente se passou há vinte anos, nessa nossa expedição ao Tecto do Mundo. Entenderão, finalmente, muito do que parecia sem sentido... se é que algum entendimento existe nesta estranha narração, veja-se o seu inesperado Epílogo!

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