Ninélio Barreiro estava em Macau na década de 1950. Foi nessa altura que escreveu um conjunto de crónicas (1952 a 1955) que seriam depois publicadas entre Fevereiro e Junho de 1957 no "Sábado Popular" o suplemento do vespertino Diário Popular.
Esses textos seriam reunidos na década de 1990 num livro intitulado “Ou-Mun – coisas e tipos de Macau”, editado em 1994 e integrado na colecção “Rua Central”, do Instituto Cultural de Macau. A capa e direcção gráfica é de Victor Hugo Marreiros (imagem ao lado).
Esses textos seriam reunidos na década de 1990 num livro intitulado “Ou-Mun – coisas e tipos de Macau”, editado em 1994 e integrado na colecção “Rua Central”, do Instituto Cultural de Macau. A capa e direcção gráfica é de Victor Hugo Marreiros (imagem ao lado).
Do índice fazem parte:
- Seis figuras típicas de Macau: tancareira, barbeiro de rua, narrador de histórias, cule, vendedores ambulantes e cantadeira;
- templos chineses: Ma Kok Miu, Lei Tong Pan, Kun Iam Tong e Lin Fong Miu;
- Festividades: Bolo Lunar e Ano Novo Chinês;
- Ritos e tradições: o casamento chinês e os funerais;
- Minivocabulário português - cantonense.
- Seis figuras típicas de Macau: tancareira, barbeiro de rua, narrador de histórias, cule, vendedores ambulantes e cantadeira;
- templos chineses: Ma Kok Miu, Lei Tong Pan, Kun Iam Tong e Lin Fong Miu;
- Festividades: Bolo Lunar e Ano Novo Chinês;
- Ritos e tradições: o casamento chinês e os funerais;
- Minivocabulário português - cantonense.
Excerto do livro onde Ninélio Barreiros dá a conhecer as origens da obra:
"A razão de ser deste volume surgiu recentemente de sugestões que me foram feitas, no sentido de reunir todas as crónicas escritas e publicadas em ‘Sábado Popular’ – suplemento do Diário Popular – no ano de 1957 de Fevereiro a Junho, isto é, dois anos após o meu regresso de Macau. Decidi fazê-lo, não tanto pelo valor dessas crónicas, breves apontamentos sobre as figuras típicas, os costumes e o exotismo chinês, mas pelo que tudo isso representa, pelos conhecimentos adquiridos in loco, pelo impacto que todas aquelas figuras, todos aqueles costumes, todo aquele sortilégio provocaram em mim, despertando não só a minha curiosidade como o interesse em pesquisar para entender, em decifrar para transmitir.
Nos muitos dias ali passados, no dia a dia intensamente vivido, cada vez mais me sentia preso ao sortilégio emanado das coisas e das gentes e, de tal sorte que hoje, volvidos trinta e sete anos, nem o tempo, nem a distância me fizeram esmorecer o carinho, a paixão e a saudade com que acompanho a vida de Macau, qual ente querido, cuja ausência se sofre e se lamenta.
Tendo percorrido algumas zonas de duas grandes partes do mundo, a Ásia e a África, tendo vivido em terras de costumes e falas diferentes das do continente em que nasci, nenhuma delas se enraizou mais em mim, nenhuma delas me provocou maior sedução, nem outra ficou mais presa à minha vida e aos meus sentimentos, do que essa encantadora e fulgurante terra de Macau. E de tal modo ela se arraigou, de tal maneira se prendeu que, ainda hoje, de vez em quando, sonho que estou em Macau. E a cada despertar corresponde uma triste desilusão… Publicar estas crónicas é, pois, não só um dever de divulgar as suas belezas, o seu encantamento e sortilégio, mas antes de mais, uma forma de retribuir um pouco do muito recebido. É este o meu tributo a Macau."
"A razão de ser deste volume surgiu recentemente de sugestões que me foram feitas, no sentido de reunir todas as crónicas escritas e publicadas em ‘Sábado Popular’ – suplemento do Diário Popular – no ano de 1957 de Fevereiro a Junho, isto é, dois anos após o meu regresso de Macau. Decidi fazê-lo, não tanto pelo valor dessas crónicas, breves apontamentos sobre as figuras típicas, os costumes e o exotismo chinês, mas pelo que tudo isso representa, pelos conhecimentos adquiridos in loco, pelo impacto que todas aquelas figuras, todos aqueles costumes, todo aquele sortilégio provocaram em mim, despertando não só a minha curiosidade como o interesse em pesquisar para entender, em decifrar para transmitir.
Nos muitos dias ali passados, no dia a dia intensamente vivido, cada vez mais me sentia preso ao sortilégio emanado das coisas e das gentes e, de tal sorte que hoje, volvidos trinta e sete anos, nem o tempo, nem a distância me fizeram esmorecer o carinho, a paixão e a saudade com que acompanho a vida de Macau, qual ente querido, cuja ausência se sofre e se lamenta.
Tendo percorrido algumas zonas de duas grandes partes do mundo, a Ásia e a África, tendo vivido em terras de costumes e falas diferentes das do continente em que nasci, nenhuma delas se enraizou mais em mim, nenhuma delas me provocou maior sedução, nem outra ficou mais presa à minha vida e aos meus sentimentos, do que essa encantadora e fulgurante terra de Macau. E de tal modo ela se arraigou, de tal maneira se prendeu que, ainda hoje, de vez em quando, sonho que estou em Macau. E a cada despertar corresponde uma triste desilusão… Publicar estas crónicas é, pois, não só um dever de divulgar as suas belezas, o seu encantamento e sortilégio, mas antes de mais, uma forma de retribuir um pouco do muito recebido. É este o meu tributo a Macau."
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