Na década de 1980, quando o hotel Mandarim Oriental foi inaugurado, destacava-se no interior uma réplica da Janela do Convento de Tomar, património mundial da humanidade desde 1983, construído entre os século 12 e 18. Também é conhecido pela denominação Convento de Cristo: conjunto arquitetónico que inclui o Castelo Templário de Tomar, a Charola templária e igreja manuelina adjacente, o convento renascentista da Ordem de Cristo, a cerca conventual (ou Mata dos Sete Montes), a Ermida de Nossa Senhora da Conceição e o aqueduto conventual (Aqueduto dos Pegões).
Na verdade, na sacristia manuelina, dita "Casa do Capítulo", existiam inicialmente três janelas mas só chegaram aos nossos dias duas: uma, em segunda luz, virada a sul, é visível do Claustro Principal, a outra, na fachada ocidental, é a famosamente conhecida por Janela do Capítulo.
Ladeada por dois gigantescos contrafortes, ou botaréus, esta janela é ornada por um exuberante universo figurativo onde estão presentes os temas de marinhagem - a madeira, o cordame, as bóias, etc., - as insígnias da Ordem de Cristo - a cruz heráldica, esfera armilar, o brasão do reino, - e figurações simbólicas, particulares à mística da Cavalaria Espiritual e à missão que a Ordem de Cristo tinha na epopeia das Descobertas.
Esta imagem seria utilizada num dos vários bilhetes postais ilustrados produzidos para Macau em 1898 de forma a celebrar o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo para a India 1498-1898.
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