Louis Audemard (1865-1955), oficial francês destacado no Extremo Oriente no final do século XIX e G. R. G. Worcester (1890-1969), oficial da Alfândega do porto de Xangai no final da primeira metade do século XX estão entre o rol escasso de autores ocidentais que deram um contributo decisivo para o conhecimento da náutica chinesa.
A carreira de Audemard no Extremo Oriente desenrolou-se entre os anos 1885 e 1910. Durante aquele período, este oficial francês pôde observar e estudar de visu as embarcações dos países onde estava destacado. Nascido em 1865 no Sul de França, Louis Audemard foi um criador tardio. As suas observações no Extremo Oriente, iniciadas em 1885, coincidem com o momento em que o então vice-almirante Pâris publica em Paris os seus monumentais Souvenirs de Marine. Uma vez de regresso do Extremo Oriente, Louis Audemard concebeu sua obra em França. Retirado na Bretanha, o oficial reformado inicia aí a redacção de uma obra inteiramente dedicada aos juncos chineses.
Interrompido no início da II Guerra Mundial, a publicação deste trabalho acabou por ser levada a cabo sob a forma de fascículos pelo Museu Marítimo de Roterdão nos anos 1950, graças ao interesse que um antropólogo holandês, C. Noteboom, director do Museu, que se dedicava ao tema das embarcações tradicionais do Extremo Oriente.
Em 1994 o Museu Marítimo de Macau fez a publicação da obra de Audemard, em português, uma obra essencial para o estudo das grandes embarcações chineses do passado.
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