Antigamente Macau era uma pequena aldeia rodeada de água por três lados. A paisagem era magnífica e avistavam-se recantos paradisíacos, para onde quer que se olhasse.Durante os anos 60 e 70, as águas resplandeciam ao sol, reflectindo a sombra dos velas dos barcos e dos pescadores puxando as redes no Porto Exterior, junto da Pontão Nº1 (em chinês conhecido como “Ponte da Longevidade”), ou em Sai Van; as pessoas admiravam o pôr do sol na Aldeia das Três Famílias, na Penha; um corredor de sombra ondulava ao longo de Sai Van. Na Guia o farol e na colina da Penha uma igreja; os pescadores secavam as suas redes na Praia do Manduco; pequenos barcos aventuravam-se ao largo e as gaivotas mergulhavam nas águas em busca de alimento. Todos os anos, em Março, no fim da primavera, uma névoa pairava sobre tudo, como uma teia, criando um efeito magnífico.
São estas recordações que Ou Ping, um fotojornalista de Macau com mais de 40 anos de experiência, proporciona no livro "Uma viagem no tempo".
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