sexta-feira, 18 de março de 2022

Pedro Loureiro e a escuna "Genoveva"

O "Avizo" acima foi publicado em 1836 e diz respeito ao leilão de um brigue/escuna* (embarcação) que era propriedade de Pedro José da Silva Loureiro, um português oriundo dos Açores (nasceu em 1792) que chegou a Macau como militar e viria também a tornar-se um abastado comerciante sendo eleito almotacé** do Senado em 1827.
Pedro Loureiro chegou a Macau como guarda marinha e faria toda a carreira militar no Oriente. Em 1824 foi promovido a 2.º tenente da Armada e a 1.º tenente em 1853, sendo reformado em capitão de fragata da Armada de Goa.
Chegou a ser capitão do porto de Macau sendo encarregado pelo governador Ferreira do Amaral de construir o forte da Taipa.
Casou em Macau (S. Lourenço) em 1826 com Ana Rosa Inocência do Espírito Santo Pereira de Almeida com quem teve 16 filhos. Um deles, Genoveva Rosa Joaquina do Espírito Santo Loureiro casou com Isidoro Francisco Guimarães (1808-1883), governador de Macau entre 1851 e 1863.
Pedro Loureiro morreu em Setembro de 1855 sendo sepultado no Cemitério de S. Miguel. Na Taipa existe uma rotunda com o seu nome.
in O Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor, 22.9.1855

*O nome do brigue, Genoveva, era o da mãe de Pedro Loureiro e também de uma filha.
** Responsável pela fiscalização de pesos e medidas e da taxação dos preços dos alimentos.

1 comentário:

  1. Em 1824 foi promovido a 2.º tenente da Armada e a 1.º tenente em 1853
    Deve de haver por aqui um erro, pois faz pouco sentido um oficial estar 29 anos à espera de subir um posto, isto é: 29 anos para passar de 2º tenente para 1º tenente.

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