quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Coloane, piratas e toponímia

Edição do CIT de 1977
O monsenhor Manuel Teixeira escreveu na década de 1980 um pequeno livro (não é o que está na imagem) sobre a história das ilhas (Taipa e Coloane): Taipa e Coloane. Direcção dos Serviços de Educação e Cultura. Macau, 1981. Aborda todo o século 19 e vai até meados do século 20.
A Ilha de Coloane foi ocupada militarmente em 1864 por ordem do governador José Rodrigues Coelho do Amaral, indo de eoncontro ao pedido de protecção solicitado às autoridades portuguesas pelos habitantes daquela Ilha (Taipa tinha feito o mesmo).
A primeira bateria defensiva, construída perto do templo chinês, em frente da Ilha da Montanha, é construída duas décadas depois, em 1884. Dispunha de uma só peça, um canhão de 32c, assente num rodízio, e "destinava-se a proteger as pequenas povoações vizinhas da pirataria que, escorraçada da Taipa, se tinha infiltrado naquela costa, cheia de esconderijos favoráveis às suas pilhagens".
A mais famosa utilização desta peça – e do reduto defensivo – coube paradoxalmente a um bando de piratas que se assenhoreou daquela posição e dali combateu as forças militares portuguesas. Depois de uma luta cerrada com as autoridades em Julho de 1910 foram presos e os reféns que tinham com eles, adultos e crianças, libertados
A marca da presença dos piratas na história de Coloane ficou registada para a posteridade na toponímia local onde se encontram nomes como a Azinhaga dos Piratas e a Travessa dos Ladrões.
Década 1980

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