Ao folhear a “Filosofia Amena do Ex-Líbris” publicada em 1960 por Manuel da Cruz Malpique (1902-1992), professor de filosofia no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, filósofo, pedagogo e fecundo ensaísta, lembrei-me que a Biblioteca do Liceu de Macau possuía um interessante espécime de ex-líbris. Nos tempos de antanho, em que os livros simbolizavam o saber e muito especialmente o poder do saber, os seus proprietários, pessoas singulares ou instituições, tinham o gosto e a vaidade de aporem uma vinheta colada na contra-capa que os identificava, ao mesmo tempo que veiculava um lema de vida ou de filosofia da cultura. Tempos em que a cultura prestigiava e nobilitava. Usualmente cometida a um artista a concepção e o desenho da vinheta, eram frequentemente consideradas obras de arte.
Um dos maiores colecionadores portugueses de ex-líbris foi Adolfo Loureiro (1836-1911), general oriundo da arma de engenharia, que esteve em Macau entre 1883 e 1884 para estudar as soluções técnicas para o Porto e cujo nome está na toponímia local. Autor de uma interessante obra, é uma figura injustamente esquecida no Território. Três outras personalidades bem conhecidas em Macau, Camilo Pessanha, Charles Boxer e Danilo Barreiros, possuíam ex-libris esteticamente atraentes nas suas respectivas simbologias culturais.
Através da carta de lei de 27 de Julho de 1893, assinada pelo Rei D.Carlos, é criado o Liceu Nacional de Macau, que também foi o culminar de uma difícil e angustiosa demanda empreendida pelas famílias e com o apoio expresso do Leal Senado para que Macau fosse dotado de um estabelecimento de ensino daquela natureza. Rivalidades à parte, Goa já tinha o Liceu desde 1854. No artigo 12º dessa carta de lei podemos ler o seguinte: “Junto ao lyceu nacional de Macau serão creados um gabinete de physica e chimica e historia natural, e uma bibliotheca, que terá o nome de bibliotheca nacional de Macau” e “um professor do lyceu, escolhido pelo conselho escolar, exercerá as funções de bibliothecario”. Evidenciando o papel social e cultural que a biblioteca poderia vir a ter, foi acrescentado o seguinte parágrafo: “O governador depois de ouvir o conselho escolar, formulará o regulamento para o funcionamento da biblioteca, por forma a que possa ser frequentada, não só pelos alunos, mas também pelo público”.
Através do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar e da Direcção Geral do Ultramar chegava toda a legislação sobre a contratação do pessoal, planos de estudos, regime de frequência, livros , exames e calendário escolar. O orçamento era fixado na metrópole mas seria integralmente pago pelo governo de Macau. Um hábito antigo, como se observa.
O Governador Horta e Costa faz publicar no Boletim Oficial do Governo da Província de Macau e Timor, de 16 de Agosto de 1894, o Regulamento do Lyceu Nacional de Macau, que assim entrava em funcionamento com 57 alunos e com um corpo docente excepcional, onde pontificavam, entre outros, Camilo Pessanha (filosofia), Mateus António Lima (língua francesa), Horácio Poiares (língua e literatura portuguesa), Wenceslau de Moraes (matemática), Augusto Abreu Nunes (desenho) e José Gomes da Silva (física, química e história natural).
A Biblioteca fixada no Liceu teve o condão de polarizar a necessidade imperiosa de dotar o Território de uma biblioteca pública, especialmente após o fracasso da Biblioteca Macaense cujos estatutos tinham sido aprovados pelo Governador Visconde de S. Januário a 27 de Dezembro 1873, precisamente no dia em que “fica proibida a imigração chinesa pelo porto de Macau”. A acidentada trajectória da biblioteca pública de Macau está razoavelmente documentada e podem ler-se com proveito dois artigos, ambos de 1995, um de Maria João Leal [“Biblioteca Central: cem anos de vida”, revista Macau] e o outro de Jorge Arrimar [“A Biblioteca Central de Macau: cem anos de história”, RC - revista de cultura]. Não deve ser esquecido o papel do Instituto de Macau, criado em 1920, e que se pode considerar o vero precursor do Instituto Cultural de Macau, e cujo principal escopo consistia em organizar a biblioteca pública, lançar o museu e publicar uma revista. Duas décadas depois, com bastante trabalho feito , perdido o élan criador em virtude do conflito de egos, ficou a importante revista “Arquivos de Macau”, publicada irregularmente entre 1929 e 1941.
A consolidação do Liceu no panorama educativo de Macau permitiu que a sua biblioteca, mercê sobretudo de doações e de uma sovina política de aquisições, fosse paulatinamente crescendo. Contudo, as sucessivas mudanças de instalações acarretaram a perda e a destruição de importante património, trabalhos de alunos, obras de arte e livros. A biblioteca é sempre o melhor cartão de visita de um estabelecimento de ensino. E a biblioteca do Liceu de Macau não fugia a essa regra. O seu acervo mais valioso foi incorporado na biblioteca do Leal Senado, então sede da biblioteca pública, cujas instalações eram vistosas e muito apreciadas.
Monsenhor Manuel Teixeira na importante monografia que dedicou ao Liceu de Macau aponta a origem do ex-líbris da biblioteca: “Em 16 de Abril de 1936, os alunos do liceu realizaram no Ginásio uma exposição de desenho e de pintura; foram também expostos alguns ‘ex-líbris’ para a Biblioteca do mesmo estabelecimento, sendo destes últimos classificado em primeiro lugar um desenho com a divisa ‘Amicus Humani Generis’, da autoria do aluno João Siu, hoje engenheiro civil, ex-director da Repartição Provincial das Obras Públicas de Macau”.
A vinheta com o ex-líbris ganhou vida e foi colada em milhares de volumes de todas as áreas do conhecimento. Assim, a biblioteca, ela própria, transmutou-se no ex-líbris do conhecimento, uma simbiose que Jorge Luís Borges acreditava ser perfeita. Esse relato, sem dúvida muito importante, suscita-nos algumas pequenas reflexões marginais.
A primeira, saber se o concurso para a concepção do ex-líbris para a biblioteca foi uma isolada iniciativa local ou se se tratou de uma acção concertada pelo ministério das colónias/ultramar para todas os liceus do império.
A segunda reflexão conduz-nos à figura do professor Fernando Lara Reis, personagem chave na vida cultural da instituição, o homem de todas as artes e mobilizador da comunidade para a construção de uma escola realmente cultural. Terá sido ele o inspirador do concurso ? Talvez a consulta do seu espólio possa responder à pergunta.
A terceira reflexão tem a ver com a própria simbologia escolhida para o ex-líbris, visceralmente clássica e digna do liceu aristotélico. A divisa latina fez-me lembrar o impagável Malhadinhas de Aquilino Ribeiro: “com latim, rocim e florim andarás mandarim”. É curioso notar a ausência de quaisquer símbolos que identificassem , mesmo ao de leve, os arquétipos orientais e chineses. É aquilo a que Roland Barthes chamava a isenção do sentido.
A quarta e última reflexão, diz respeito ao autor do ex-líbris, João Tomás Siu. Estará ele ainda entre nós ? Se está, que memória guardará disto ?
Vale a pena referir um episódio menor, corria o ano de 1968, a pretexto de homenagearem a funcionária da Biblioteca, que se aposentava, alguns alunos organizaram uma festa não autorizada, incluindo bebidas alcoólicas, jazz e críticas ferozes ao ‘modus vivendi’ do Liceu. Uma coisa em grande que acabou num conselho disciplinar. Este incidente , a somar a outros problemas e desinteligências entre o professor João Ferreira Felício, secretário do Liceu, e o próprio Reitor, António Maria da Conceição, deu origem a um processo disciplinar, tendo ambos sido afastados dos cargos que desempenhavam.
Quando foram inauguradas as últimas instalações do Liceu de Macau, em 4 de Janeiro de 1986, sob a infeliz designação de Complexo Escolar de Macau, um grandioso edifício projectado pelo arquitecto Tomás Taveira, no tempo do Governador Vasco Almeida e Costa, a Biblioteca continuou a merecer a atenção devida: “Esta biblioteca, pelo seu acervo documental e pelas instalações e equipamentos que possui, é uma das boas bibliotecas escolares do País. Aquando da sua inauguração, as pessoas que ali se deslocaram puderam apreciar uma exposição do Manual Escolar, na qual se destacavam os Manuais que, no século passado, serviram os alunos do Liceu”. Nesta Escola serviu o autor destas linhas, cerca de uma década como professor de filosofia e três anos como director da biblioteca.
O ex-líbris, esse deixou de ser utilizado, parecia uma peça da arqueologia da cultura escolar. Tinha chegado o império dos carimbos e a primeira vaga de informatização, também o fim de uma época. Estou em crer que o ex-líbris poucas vezes mais terá sido utilizado, com a excepção em Novembro de 1986, num Catálogo Biobliográfico dedicado ao Padre Manuel Teixeira, uma edição trilingue (português-inglês-chinês) da Biblioteca do Complexo Escolar de Macau [o texto de Jorge Arrimar, a direcção gráfica de Rui de Carvalho, as fotografias de Natalino Wong e António Andrade , a versão chinesa de Wong Wai e a versão inglesa de Maria do Rosário Pereira]. A sua última aparição foi simbólica, coincidiu com o fim do Liceu em 1998, estampado no Catálogo da Exposição Bibliográfica dedicada ao Padre António Vieira [organizada por Orlando Bento, o último director da biblioteca], onde foi mostrado um excepcional e valioso acervo de obras do imperador da língua portuguesa, como lhe chamou Fernando Pessoa. A Biblioteca acolhia leitores e estudiosos e recebia os criadores de cultura. Recordo que por lá passaram, entre tantos, Graciete Batalha, Henrique de Senna Fernandes, José dos Santos Ferreira, Leonel Barros, António Manuel Couto Viana, Agustina Bessa-Luís, Maria Ondina Braga, Eugénio de Andrade e José Augusto Seabra.
Artigo da autoria de António Aresta publicado no JTM de Setembro de 2013
Nota do autor do blog: quando o liceu passou a funcionar no complexo Escolar o busto do Infante D.Henrique (patrono do Liceu) foi colocado à entrada da biblioteca. Antes, na Praia Grande, estava no átrio principal do edifício.
Um dos maiores colecionadores portugueses de ex-líbris foi Adolfo Loureiro (1836-1911), general oriundo da arma de engenharia, que esteve em Macau entre 1883 e 1884 para estudar as soluções técnicas para o Porto e cujo nome está na toponímia local. Autor de uma interessante obra, é uma figura injustamente esquecida no Território. Três outras personalidades bem conhecidas em Macau, Camilo Pessanha, Charles Boxer e Danilo Barreiros, possuíam ex-libris esteticamente atraentes nas suas respectivas simbologias culturais.
Através da carta de lei de 27 de Julho de 1893, assinada pelo Rei D.Carlos, é criado o Liceu Nacional de Macau, que também foi o culminar de uma difícil e angustiosa demanda empreendida pelas famílias e com o apoio expresso do Leal Senado para que Macau fosse dotado de um estabelecimento de ensino daquela natureza. Rivalidades à parte, Goa já tinha o Liceu desde 1854. No artigo 12º dessa carta de lei podemos ler o seguinte: “Junto ao lyceu nacional de Macau serão creados um gabinete de physica e chimica e historia natural, e uma bibliotheca, que terá o nome de bibliotheca nacional de Macau” e “um professor do lyceu, escolhido pelo conselho escolar, exercerá as funções de bibliothecario”. Evidenciando o papel social e cultural que a biblioteca poderia vir a ter, foi acrescentado o seguinte parágrafo: “O governador depois de ouvir o conselho escolar, formulará o regulamento para o funcionamento da biblioteca, por forma a que possa ser frequentada, não só pelos alunos, mas também pelo público”.
Através do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar e da Direcção Geral do Ultramar chegava toda a legislação sobre a contratação do pessoal, planos de estudos, regime de frequência, livros , exames e calendário escolar. O orçamento era fixado na metrópole mas seria integralmente pago pelo governo de Macau. Um hábito antigo, como se observa.
O Governador Horta e Costa faz publicar no Boletim Oficial do Governo da Província de Macau e Timor, de 16 de Agosto de 1894, o Regulamento do Lyceu Nacional de Macau, que assim entrava em funcionamento com 57 alunos e com um corpo docente excepcional, onde pontificavam, entre outros, Camilo Pessanha (filosofia), Mateus António Lima (língua francesa), Horácio Poiares (língua e literatura portuguesa), Wenceslau de Moraes (matemática), Augusto Abreu Nunes (desenho) e José Gomes da Silva (física, química e história natural).
A Biblioteca fixada no Liceu teve o condão de polarizar a necessidade imperiosa de dotar o Território de uma biblioteca pública, especialmente após o fracasso da Biblioteca Macaense cujos estatutos tinham sido aprovados pelo Governador Visconde de S. Januário a 27 de Dezembro 1873, precisamente no dia em que “fica proibida a imigração chinesa pelo porto de Macau”. A acidentada trajectória da biblioteca pública de Macau está razoavelmente documentada e podem ler-se com proveito dois artigos, ambos de 1995, um de Maria João Leal [“Biblioteca Central: cem anos de vida”, revista Macau] e o outro de Jorge Arrimar [“A Biblioteca Central de Macau: cem anos de história”, RC - revista de cultura]. Não deve ser esquecido o papel do Instituto de Macau, criado em 1920, e que se pode considerar o vero precursor do Instituto Cultural de Macau, e cujo principal escopo consistia em organizar a biblioteca pública, lançar o museu e publicar uma revista. Duas décadas depois, com bastante trabalho feito , perdido o élan criador em virtude do conflito de egos, ficou a importante revista “Arquivos de Macau”, publicada irregularmente entre 1929 e 1941.
A consolidação do Liceu no panorama educativo de Macau permitiu que a sua biblioteca, mercê sobretudo de doações e de uma sovina política de aquisições, fosse paulatinamente crescendo. Contudo, as sucessivas mudanças de instalações acarretaram a perda e a destruição de importante património, trabalhos de alunos, obras de arte e livros. A biblioteca é sempre o melhor cartão de visita de um estabelecimento de ensino. E a biblioteca do Liceu de Macau não fugia a essa regra. O seu acervo mais valioso foi incorporado na biblioteca do Leal Senado, então sede da biblioteca pública, cujas instalações eram vistosas e muito apreciadas.
Monsenhor Manuel Teixeira na importante monografia que dedicou ao Liceu de Macau aponta a origem do ex-líbris da biblioteca: “Em 16 de Abril de 1936, os alunos do liceu realizaram no Ginásio uma exposição de desenho e de pintura; foram também expostos alguns ‘ex-líbris’ para a Biblioteca do mesmo estabelecimento, sendo destes últimos classificado em primeiro lugar um desenho com a divisa ‘Amicus Humani Generis’, da autoria do aluno João Siu, hoje engenheiro civil, ex-director da Repartição Provincial das Obras Públicas de Macau”.
A vinheta com o ex-líbris ganhou vida e foi colada em milhares de volumes de todas as áreas do conhecimento. Assim, a biblioteca, ela própria, transmutou-se no ex-líbris do conhecimento, uma simbiose que Jorge Luís Borges acreditava ser perfeita. Esse relato, sem dúvida muito importante, suscita-nos algumas pequenas reflexões marginais.
A primeira, saber se o concurso para a concepção do ex-líbris para a biblioteca foi uma isolada iniciativa local ou se se tratou de uma acção concertada pelo ministério das colónias/ultramar para todas os liceus do império.
A segunda reflexão conduz-nos à figura do professor Fernando Lara Reis, personagem chave na vida cultural da instituição, o homem de todas as artes e mobilizador da comunidade para a construção de uma escola realmente cultural. Terá sido ele o inspirador do concurso ? Talvez a consulta do seu espólio possa responder à pergunta.
A terceira reflexão tem a ver com a própria simbologia escolhida para o ex-líbris, visceralmente clássica e digna do liceu aristotélico. A divisa latina fez-me lembrar o impagável Malhadinhas de Aquilino Ribeiro: “com latim, rocim e florim andarás mandarim”. É curioso notar a ausência de quaisquer símbolos que identificassem , mesmo ao de leve, os arquétipos orientais e chineses. É aquilo a que Roland Barthes chamava a isenção do sentido.
A quarta e última reflexão, diz respeito ao autor do ex-líbris, João Tomás Siu. Estará ele ainda entre nós ? Se está, que memória guardará disto ?
Vale a pena referir um episódio menor, corria o ano de 1968, a pretexto de homenagearem a funcionária da Biblioteca, que se aposentava, alguns alunos organizaram uma festa não autorizada, incluindo bebidas alcoólicas, jazz e críticas ferozes ao ‘modus vivendi’ do Liceu. Uma coisa em grande que acabou num conselho disciplinar. Este incidente , a somar a outros problemas e desinteligências entre o professor João Ferreira Felício, secretário do Liceu, e o próprio Reitor, António Maria da Conceição, deu origem a um processo disciplinar, tendo ambos sido afastados dos cargos que desempenhavam.
Quando foram inauguradas as últimas instalações do Liceu de Macau, em 4 de Janeiro de 1986, sob a infeliz designação de Complexo Escolar de Macau, um grandioso edifício projectado pelo arquitecto Tomás Taveira, no tempo do Governador Vasco Almeida e Costa, a Biblioteca continuou a merecer a atenção devida: “Esta biblioteca, pelo seu acervo documental e pelas instalações e equipamentos que possui, é uma das boas bibliotecas escolares do País. Aquando da sua inauguração, as pessoas que ali se deslocaram puderam apreciar uma exposição do Manual Escolar, na qual se destacavam os Manuais que, no século passado, serviram os alunos do Liceu”. Nesta Escola serviu o autor destas linhas, cerca de uma década como professor de filosofia e três anos como director da biblioteca.
O ex-líbris, esse deixou de ser utilizado, parecia uma peça da arqueologia da cultura escolar. Tinha chegado o império dos carimbos e a primeira vaga de informatização, também o fim de uma época. Estou em crer que o ex-líbris poucas vezes mais terá sido utilizado, com a excepção em Novembro de 1986, num Catálogo Biobliográfico dedicado ao Padre Manuel Teixeira, uma edição trilingue (português-inglês-chinês) da Biblioteca do Complexo Escolar de Macau [o texto de Jorge Arrimar, a direcção gráfica de Rui de Carvalho, as fotografias de Natalino Wong e António Andrade , a versão chinesa de Wong Wai e a versão inglesa de Maria do Rosário Pereira]. A sua última aparição foi simbólica, coincidiu com o fim do Liceu em 1998, estampado no Catálogo da Exposição Bibliográfica dedicada ao Padre António Vieira [organizada por Orlando Bento, o último director da biblioteca], onde foi mostrado um excepcional e valioso acervo de obras do imperador da língua portuguesa, como lhe chamou Fernando Pessoa. A Biblioteca acolhia leitores e estudiosos e recebia os criadores de cultura. Recordo que por lá passaram, entre tantos, Graciete Batalha, Henrique de Senna Fernandes, José dos Santos Ferreira, Leonel Barros, António Manuel Couto Viana, Agustina Bessa-Luís, Maria Ondina Braga, Eugénio de Andrade e José Augusto Seabra.
Artigo da autoria de António Aresta publicado no JTM de Setembro de 2013
Nota do autor do blog: quando o liceu passou a funcionar no complexo Escolar o busto do Infante D.Henrique (patrono do Liceu) foi colocado à entrada da biblioteca. Antes, na Praia Grande, estava no átrio principal do edifício.
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