Com o sub-título "Notas linguísticas, etnográficas e folclóricas". Livro da autoria de Graciete Nogueira Batalha (1925-1992).
Foi editado em 1988 pelo ICM. Trata-se de uma reedição fac-similada da obra com o mesmo título editada em separata na Revista Portuguesa de Filologia (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Instituto de Estudos Românicos) vols. XV (1971), XVI (1974) e XVII (1977), Coimbra, 1977.
Foi editado em 1988 pelo ICM. Trata-se de uma reedição fac-similada da obra com o mesmo título editada em separata na Revista Portuguesa de Filologia (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Instituto de Estudos Românicos) vols. XV (1971), XVI (1974) e XVII (1977), Coimbra, 1977.
Ao longo de 338 páginas é apresentado um estudo etimológico e uma breve história de mais de setecentas palavras do dialecto de Macau - o patuá - que, segundo a autora, foi trazido para Macau no século XVI já com uma estrutura definida.
Excerto de declarações da autora à Revista Macau em 1987:
"Verdadeiramente é uma língua que já não existe. É esse crioulo antigo, hoje conhecido apenas por pessoas de certa idade que se recordam de o ouvir falar na infância ou por ex-residentes de Xangai ou de Hong Kong que nunca estudaram português e conservam ainda, mais ou menos, a fala tradicional.
Em Macau designa-se modernamente por patoá (do francês patois) o que o antigamente se chamava língu maquista, isto é, o velho dialecto colonial ou crioulo que aqui se enraizou e aqui foi transmitido de pais a filhos durante trezentos anos até ao século passado, quando começou a declinar, tendo sido usado como linguagem familiar mesmo nas casas mais distintas. Foi usado também pelos chineses que vieram a comunicar mais assiduamente como os macaenses e ainda pelos servidores e soldados africanos e asiáticos de várias procedência trazidas no séquito dos portugueses, e depois por seus descendentes aqui nascidos e criados pelos séculos fora.
Não podemos esquecer, na formação do dialecto, esse contingente de acompanhantes africanos e asiáticos, entre os quais se contavam também muheres não europeias que para aqui vinham como companheiras, e muitas como esposas, dos antigos «moradores». Esse contingente foi decisivo na formação do crioulo macaísta."
Excerto de declarações da autora à Revista Macau em 1987:
"Verdadeiramente é uma língua que já não existe. É esse crioulo antigo, hoje conhecido apenas por pessoas de certa idade que se recordam de o ouvir falar na infância ou por ex-residentes de Xangai ou de Hong Kong que nunca estudaram português e conservam ainda, mais ou menos, a fala tradicional.
Em Macau designa-se modernamente por patoá (do francês patois) o que o antigamente se chamava língu maquista, isto é, o velho dialecto colonial ou crioulo que aqui se enraizou e aqui foi transmitido de pais a filhos durante trezentos anos até ao século passado, quando começou a declinar, tendo sido usado como linguagem familiar mesmo nas casas mais distintas. Foi usado também pelos chineses que vieram a comunicar mais assiduamente como os macaenses e ainda pelos servidores e soldados africanos e asiáticos de várias procedência trazidas no séquito dos portugueses, e depois por seus descendentes aqui nascidos e criados pelos séculos fora.
Não podemos esquecer, na formação do dialecto, esse contingente de acompanhantes africanos e asiáticos, entre os quais se contavam também muheres não europeias que para aqui vinham como companheiras, e muitas como esposas, dos antigos «moradores». Esse contingente foi decisivo na formação do crioulo macaísta."
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