Rogério Puga, que há pouco tempo regressou de Macau (onde era professor na Universidade local) para Portugal, é presença assídua aqui no blog.
O segundo livro do historiador acaba de ser editado e intitula-se “Presença inglesa e as relações anglo-portuguesas em Macau (1635-1793)”. A obra de 207 páginas foi publicada pelo Centro de História de além-Mar (Universidade Nova de Lisboa e Universidade dos Açores) e pelo CCCM com o apoio da Fundação Macau.
“O trabalho de pesquisa para o livro demorou cerca de 4 anos e foi feito em Macau, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos,” explica o autor adiantando que se trata da “primeira história da presença inglesa em Macau”.
O segundo livro do historiador acaba de ser editado e intitula-se “Presença inglesa e as relações anglo-portuguesas em Macau (1635-1793)”. A obra de 207 páginas foi publicada pelo Centro de História de além-Mar (Universidade Nova de Lisboa e Universidade dos Açores) e pelo CCCM com o apoio da Fundação Macau.
“O trabalho de pesquisa para o livro demorou cerca de 4 anos e foi feito em Macau, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos,” explica o autor adiantando que se trata da “primeira história da presença inglesa em Macau”.
O estudo cruza informação de fontes portuguesas, inglesas e chinesas e revela as vicissitudes e as especificidades da Macau luso-chinesa, mas também da dimensão anglófona do território desde o século XVIII. O trabalho consiste num historial da presença inglesa inicialmente no Oceano Índico, na senda dos portugueses, e posteriormente no Extremo Oriente, mais especificamente em Macau, entre 1635 e 1793, e ainda no Japão, entre 1613-1623, de onde os ingleses tentam estabelecer, em vão, comércio directo com a China.“Após a fundação da Companhia das Índias, em 1600, a Inglaterra inicia o longo processo de expansão comercial e colonial na Ásia, entrando os objectivos comerciais dos mercadores norte-europeus em confronto com os interesses portugueses no Oceano Índico e no Extremo-Oriente, nomeadamente na China e no Japão. A edilidade local de Macau, sobretudo a partir do fim do comércio com Nagasáqui, tenta, a todo o custo, defender o seu monopólio comercial no Império do Meio”, refere o resumo da obra de Puga. A partir de 1700, a presença inglesa torna-se permanente no eixo Macau-Cantão, forçando as administrações lusas e chinesas a adaptarem-se a essa nova realidade, enquanto a economia de Macau se torna gradualmente dependente da presença (indesejada) dos sobrecargas e agentes comerciais ingleses, cujo volume de comércio rapidamente ultrapassa o do trato português, defende o autor. As relações anglo-portuguesas na China Meridional acabam por influenciar a interacção do Senado e do governador de Macau com o mandarinato e forçam os primeiros a defender quer os seus interesses, quer a sobrevivência da cidade em quatro frentes: Goa, Cantão/Pequim, Lisboa e Londres.
Actualmente, Rogério Miguel Puga é investigador auxiliar do Centre for English, Translation, and Anglo-Portuguese Studies (Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Porto) e colaborador do Centro de História de Além-Mar e do centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa). Além disso, é docente na Universidade de Macau e colaborador regular no Hoje Macau.
Texto elaborado a partir de uma notícia do jornal Hoje Macau de 27.10.2009
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