domingo, 8 de dezembro de 2024

The Embassy of Captain Gonçalo de Siqueira de Souza to Japan in 1644-7

Publicado em 1938 pela tipografia Mercantil em Macau este livro - ilustrado com 8 estampas - é um dos primeiros trabalhos do conceituado historiador Charles Boxer. Com uma edição limitada de 500 exemplares conta com prefácio do bispo de Macau D. José da Costa Nunes.
O Capitão Gonçalo de Sequeira de Sousa foi o segundo embaixador português enviado por D. João IV ao Japão para tentar resolver o impedimento de atracagem das naus portuguesas nos portos japoneses, acusados de trazerem consigo missionários, prejudicando assim o comércio entre Macau e o Japão.
Capitão-de-mar-e-guerra, Gonçalo de Siqueira de Sousa era de origem reinól. Participou em 1614 numa armada para transporte de tropas espanholas de Cadiz para Manila, sob o comando de seu pai, Rui Gonçalves de Sequeira (que fora capitão das Molucas de 1598 a 1603). Na época Portugal estava sob domínio filipino. Após o falecimento de seu pai, em 1619, regressou a Portugal, e, como recompensa dos seus serviços, foi nomeado capitão do galeão Misericórdia, partindo de Lisboa para Goa, em 1621, onde não chegou devido a uma tempestade. A partir daqui, realizou várias viagens, sempre com o posto de capitão, o que lhe permitiu um profundo conhecimento dos mares, não só ocidentais como orientais. Em 1644, Gonçalo de Siqueira de Sousa foi nomeado embaixador ao Japão, uma embaixada sugerida dois anos antes pelo Pe. António Cardim, Procurador-Geral da Província Jesuítica do Japão, com o objectivo de tentar reabrir o comércio japonês, que acabara em 1639, com a expulsão dos Portugueses. Foi esta a primeira embaixada enviada a esse país por um país europeu, mas o Shogun (Xógum) Tokugawa Iemitsu continuou a recusar a abertura do comércio aos Portugueses.

Pero Vaz de Siqueira, fidalgo-cavaleiro natural de Macau, acompanhou seu pai nessa missão ao Japão (1644-47), tendo regressado com ele a Goa, em 1648. Após a morte de Gonçalo de Sousa, em 1649, terá regressado ao Reino. De 1657 a 1669 serviu na Armada do Estado da Índia, tendo tomado parte na reconquista de Coulão e na defesa de Cochim (em 1657 e 1663). No princípio da década de 1670 regressaria a Macau onde casou com Ana Maria de Noronha, pertencente a uma família proeminente da sociedade local e de comerciantes ricos.

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