sexta-feira, 1 de março de 2024

Exposição A China vista da Europa: séculos XVI-XIX

Para ver até 2 de Março próximo na Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa): "A China vista da Europa: séculos XVI-XIX".
As imagens são do catálogo da exposição.
Texto da organização Biblioteca Nacional de Portugal/Observatório da China com o apoio de centros de investigação e universidades de Portugal, de Itália e da China:
A China integra o imaginário europeu desde tempos recuados, como espaço onde se projetam mitos, sonhos, expectativas e receios. A Europa foi conhecendo melhor a China, sobretudo desde finais Idade Média, por via das relações de alguns mercadores e missionários cristãos. Mas foi no início do século XVI, no quadro da expansão marítima portuguesa, que uma presença mais constante dos Europeus nos litorais chineses permitiu um conhecimento gradualmente mais completo sobre o Reino da China. A cartografia e a literatura de viagens portuguesas desempenharam um papel relevante para a difusão de uma nova imagem da China em diferentes partes da Europa.
Macau foi, a partir de c. 1557, um palco estratégico da presença luso-asiática na China, como centro de saber, de comércio e da religião Cristã, que preparou a entrada dos Europeus, particularmente dos Jesuítas, no interior deste vasto espaço.
A partir de c. 1580, cartógrafos como Fernão Vaz Dourado, Michele Ruggieri SJ, Matteo Ricci SJ, Luís Jorge de Barbuda, Abraham Ortelius, Jan Huygen van Linschoten, Joan Blaeu, Martino Martini SJ, apenas para citar alguns nomes, integram nas suas obras novas imagens, progressivamente mais completas, recolhidas das viagens portuguesas e europeias integradas com fontes cartográficas e literárias chinesas, não apenas dos litorais, mas também do interior do império chinês.
Através desta exposição que inclui mapas e roteiros, obras literárias, assim como objets d'art e imagens digitais, podemos acompanhar alguns dos momentos mais importantes da construção da imagem da China a partir da Europa entre os séculos XVI a XIX.
Entre as entidades que cederam obras para esta mostra estão o Museu de Marinha, Museu Nacional de Arte Antiga, Fundação Jorge Álvares, Centro Científico e Cultural de Macau, Museu do Oriente, Museu Galileo, Museu Medeiros de Almeida, etc.

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